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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, demonstrou ter ficado satisfeito com o resultado da reunião de ontem com a presidenta Dilma Rousseff, demais governadores e prefeitos. Ele disse que “foi reunião importante” e que pretende estudar com muita atenção a proposta de reforma política. “Quero louvar a questão da reforma política”, disse ele, hoje (25), após receber comissão de líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e do Movimento Terra Livre.
Alckmin disse que defende a reforma política há muito. “Esta é uma crise política, uma crise de representatividade, falência do modelo político”, avaliou ele, destacando duas alterações que considera possíveis de aprovação em curto prazo, sem necessidade de um plebiscito: fim das coligações partidárias proporcionais, para acabar com a legenda de aluguel no horário eleitoral, e a adoção do voto distrital.
“Partido político [deve] valer por suas ideias, pelos seus quadros e não pelo tempo na televisão”, disse em referência às coligações. Quanto ao voto distrital, calculou que as campanhas custariam menos.
“Como é que pode alguém ser eleito deputado em São Paulo, se precisa pedir votos em um estado com mais eleitores do que a Argentina. Temos 32 milhões de eleitores em São Paulo, é maior do que a Argentina [27 milhões]. Como uma pessoa pode fazer uma campanha em uma Argentina inteira. Não tem vínculo”, avaliou o governador.
Para se eleger no estado pelo seu tamanho, segundo observou, só vai se sobressair quem está presente na mídia ou é conhecido pela atuação como jogador de futebol, artista ou que tenha apoio de grupos corporativos; tem muito dinheiro ou ainda se beneficia da máquina pública.
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