Esportes
A diretoria aposta no seu futebol, mas aprecia sua capacidade de liderança para passar experiência a jovens como o lateral direito João Pedro e o zagueiro Nathan
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Aos 40 anos, Zé Roberto se torna o jogador mais velho do Palmeiras para 2015 mesmo se o zagueiro Lúcio não for para o futebol chinês. E já assume a posição de guru do elenco antes mesmo de se apresentar para treinar com os novos colegas. O meia, ídolo do futebol alemão, com duas Copas do Mundo no currículo e passagem até pelo Real Madrid, alerta os jogadores mais novos para evitar empolgação.
“Já me deparei com muitos jovens que acabaram fazendo seu segundo ou terceiro contrato ganhando um valor muito elevado para a idade, comprando carros caros e parando de almejar coisas boas. Muitos achavam que eram o Neymar e acabaram parando por aí”, relatou o veterano à rádio Globo.
“Os jogadores jovens no Brasil têm uma mentalidade muito diferente da dos jovens na Europa. Muitos jovens no Brasil acabaram não produzindo tanto quanto nos anos anteriores. A mentalidade de muitos atletas acaba sendo influenciada por gente que não quer ajudar, mas atrapalhar o processo da carreira. É importante ter jogares mais experientes”, prosseguiu.
As declarações públicas de Zé Roberto mostram uma de suas principais funções no Palmeiras. A diretoria aposta no seu futebol, mas aprecia sua capacidade de liderança para passar experiência a jovens como o lateral direito João Pedro e o zagueiro Nathan, que subiram para os profissionais por falta de opção em 2014, viraram titulares do time e já estão na Seleção Brasileira sub-20.
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“Poderei ajudar o Palmeiras tanto dentro como fora de campo. Sou um atleta com uma experiência já longa no futebol, posso passar algo positivo para esses jogadores que estão buscando seu espaço”, indicou Zé Roberto, avisando que também ainda tem condições de ajudar dentro de campo.
“Costumo dizer que, quando a gente tem lenha, tem que colocar para queimar. Sempre priorizei muito a minha parte física. Quando entendi que meu corpo é meu instrumento de trabalho, comecei a cuidar dele. Tive muito poucas lesões e isso me ajudou a alcançar essa longevidade, e a genética ajuda. Não tenho como projetar agora. É meio prematuro falar que vou parar no fim do ano”, afirmou o atleta, que tem contrato até o fim de 2015 e não define se jogará na lateral esquerda ou na armação.
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“É uma pergunta difícil. Se um dia ele (o técnico Oswaldo de Oliveira) precisar, vou ajudar, independentemente de estar no meio ou na lateral. Estou vindo para o Palmeiras com um projeto que me foi apresentado, um elenco que está sendo estruturado para formar um time competitivo. Estou muito motivado, muito. Qualquer atleta ficaria feliz de vestir essa camisa e vou honrá-la”, prometeu.