Esportes

Zé Roberto vê técnicos demitidos e pode deixar futebol ao se aposentar

O jogador completará 41 anos de idade no mês que vem e ainda não sabe quando se aposentará

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 13/06/2015 às 12:30

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Zé Roberto voltou definitivamente ao Brasil há três anos, e ainda se assusta com a constante troca de treinadores. O jogador completará 41 anos de idade no mês que vem e ainda não sabe quando se aposentará, mas, diante do que tem acompanhado, está cada vez mais convicto a abandonar de vez o futebol quando deixar os gramados.

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“Não tenho nenhuma pretensão de me tornar treinador ou até continuar no meio do futebol. Nesses 22 anos de carreira como profissional, vi muitas coisas que, às vezes, é melhor ficar quieto do que colocar para fora o que se sente. Se você expressar o que acha, muitas vezes, será contrariado”, falou o veterano, que promete parar quando o seu “corpo lhe dizer chega”, o que pode ocorrer em “um ou dois anos” – tem contrato com o Verdão até dezembro.

De qualquer forma, ser técnico é uma possibilidade já descartada. “É muito difícil essa profissão de treinador no Brasil. Quando o negócio engrossa, a primeira coisa que pega é para o lado do treinador. É cultural e, para mudar, teria que mexer em muitas coisas. Há muito para se analisar e colocar em prática em prol dessa classe”, apontou.

Jogador preferiu se calar para não ser contrariado ao longo da carreira e descarta ser técnico no Brasil (Foto: Agência Palmeiras)

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Assumir algum time no Brasil é algo ainda mais fora de cogitação para o capitão do Palmeiras. “O futebol brasileiro é resultado. A maior prova disso é que, na sexta rodada, sete treinadores foram demitidos. Se essa é a mentalidade, quando não vem o resultado, a primeira cabeça que rola é a do treinador”, indicou.

Sobre Oswaldo de Oliveira, demitido um mês após perder o título paulista nos pênaltis, o veterano controlou as palavras ao analisar a decisão da diretoria depois de só uma vitória em seis rodadas no Brasileiro. “Com o tempo que ficou, o Oswaldo conseguiu montar um time muito bom com 22 contratações. Não foi por acaso que chegamos à final do Paulista e fizemos grandes jogos. Mas cabe à diretoria falar se houve precipitação”, optou, preferindo chamar a realidade para si e seus colegas.

“Desde que o Oswaldo começou a ser pressionado antes do clássico contra o Corinthians, frisamos que a cobrança tem que ser dividida. Muitas vezes o Oswaldo puxou a responsabilidade para ele, mas ela tinha que ser dividida entre todos os jogadores, mesmo com mais para uns e menos para outros. Hoje, o Oswaldo não está aqui e temos que assumir a responsabilidade, trabalhar muito forte para buscar os objetivos que traçamos desde o início do ano”, impôs Zé Roberto.

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