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Zé Roberto voltou definitivamente ao Brasil há três anos, e ainda se assusta com a constante troca de treinadores. O jogador completará 41 anos de idade no mês que vem e ainda não sabe quando se aposentará, mas, diante do que tem acompanhado, está cada vez mais convicto a abandonar de vez o futebol quando deixar os gramados.
“Não tenho nenhuma pretensão de me tornar treinador ou até continuar no meio do futebol. Nesses 22 anos de carreira como profissional, vi muitas coisas que, às vezes, é melhor ficar quieto do que colocar para fora o que se sente. Se você expressar o que acha, muitas vezes, será contrariado”, falou o veterano, que promete parar quando o seu “corpo lhe dizer chega”, o que pode ocorrer em “um ou dois anos” – tem contrato com o Verdão até dezembro.
De qualquer forma, ser técnico é uma possibilidade já descartada. “É muito difícil essa profissão de treinador no Brasil. Quando o negócio engrossa, a primeira coisa que pega é para o lado do treinador. É cultural e, para mudar, teria que mexer em muitas coisas. Há muito para se analisar e colocar em prática em prol dessa classe”, apontou.
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Assumir algum time no Brasil é algo ainda mais fora de cogitação para o capitão do Palmeiras. “O futebol brasileiro é resultado. A maior prova disso é que, na sexta rodada, sete treinadores foram demitidos. Se essa é a mentalidade, quando não vem o resultado, a primeira cabeça que rola é a do treinador”, indicou.
Sobre Oswaldo de Oliveira, demitido um mês após perder o título paulista nos pênaltis, o veterano controlou as palavras ao analisar a decisão da diretoria depois de só uma vitória em seis rodadas no Brasileiro. “Com o tempo que ficou, o Oswaldo conseguiu montar um time muito bom com 22 contratações. Não foi por acaso que chegamos à final do Paulista e fizemos grandes jogos. Mas cabe à diretoria falar se houve precipitação”, optou, preferindo chamar a realidade para si e seus colegas.
“Desde que o Oswaldo começou a ser pressionado antes do clássico contra o Corinthians, frisamos que a cobrança tem que ser dividida. Muitas vezes o Oswaldo puxou a responsabilidade para ele, mas ela tinha que ser dividida entre todos os jogadores, mesmo com mais para uns e menos para outros. Hoje, o Oswaldo não está aqui e temos que assumir a responsabilidade, trabalhar muito forte para buscar os objetivos que traçamos desde o início do ano”, impôs Zé Roberto.
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