Wellington critica Ronaldinho: “É fácil fazer graça ganhando”

O volante Wellington não conseguiu cumprir sua missão de parar Ronaldinho Gaúcho na partida contra o Atlético-MG, na noite de quarta-feira, no estádio Independência. Além de ter visto o pentacampeão liderar o setor de criação do Galo, o meio-campista do São Paulo ainda foi provocado e ficou bastante irritado com o adversário, desabafando contra o atleticano nesta quinta, no desembarque da delegação tricolor no Aeroporto de Congonhas.

“Ele jogou o futebol dele, mas é fácil fazer graça quando está ganhando”, reclamou o atleta, irritado com os toques de efeito de Ronaldinho, que olhava para um lado e fazia o passe para outro, durante a partida que terminou 4 a 1 para o clube mineiro e determinou a eliminação do Tricolor na Copa Libertadores.

Já perto do fim do jogo, o clima entre os dois esquentou. Ronaldinho colocou o dedo indicador no pescoço de Wellington, em sinal de provocação, e o volante do Tricolor caiu no gramado. Mas o árbitro considerou tudo normal, enquanto o atleticano deixava o lance sorrindo.

“Ele é um jogador habilidoso e gosta de fazer graça junto com a torcida dele. E vocês (jornalistas) acham que eu não marquei, que ninguém correu e que o São Paulo não presta mais. Futebol é assim, mas vamos dar a volta por cima. Os que nos xingam, falam que não valemos nada e pisam na gente hoje vão nos aplaudir um dia”, acrescentou o são-paulino.

Apesar do desabafo, o garoto não teve como contestar a superioridade de Ronaldinho na disputa particular entre os dois. O técnico Ney Franco até tentou inverter a marcação no decorrer do jogo, colocando Denilson mais perto do pentacampeão, mas a estratégia durou pouco. No lance do quarto gol atleticano, o meia-atacante ganhou disputa com Wellington antes de fazer a assistência para Jô balançar as redes de novo.

“Enquanto estava 1 a 0, era um duelo de igual para igual. Mas, depois que eles fizeram o segundo e o terceiro, tivemos que sair mais para o jogo, tentar fazer o gol e buscar o resultado”, completou Wellington, justificando a falta de combate nos minutos finais.