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Uma eliminação em casa é sempre complicada de ser digerida. Ainda mais quando a classificação escapa por tão pouco, como aconteceu com o Santos, na última quarta-feira, diante do algoz Cruzeiro, na Vila Belmiro. Por isso, na reapresentação do elenco nesta sexta, mesmo após um dia de folga para esfriar a cabeça e descansar, os jogadores ainda sentiam a dor pela queda diante do próprio torcedor.
“Para ser sincero, a gente evita falar um pouco do jogo. É uma coisa que não é bom ficar falando muito. É lógico que vem na memória, mas é um assunto que a gente não gosta de ficar falando muito, passou, ficou para trás. É complicado”, revelou o volante Alison, jovem e muito sincero na primeira entrevista coletiva de algum atleta depois do empate em 3 a 3, pela semifinal da Copa do Brasil.
Um problema a mais para o Peixe é que, já neste domingo, a equipe faz clássico contra seu maior rival, o Corinthians, e fora de casa. Questionado se ter um duelo deste pode ajudar o time a se reerguer, Alison titubeou, talvez preferisse um adversário menos expressivo neste momento, mas evitou dar desculpas.
“Não sei o que é mais difícil, mas a gente já está acostumado. A gente não tem muito tempo para ficar se lamentando. É jogo em cima de jogo. A gente já está preparado para isso. É triste, difícil, mas passou, vida que segue”, completou.
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A 33ª rodada do Brasileirão começa neste sábado, com o Santos em oitavo lugar na tabela de classificação e a oito pontos do G-4. Chegar à Libertadores de 2015 salvaria uma temporada sem muitas comemorações para o Alvinegro praiano.
Diante disso, Alison reconhece que o clássico é decisivo para o Peixe, já que, em caso de derrota, restariam apenas cinco partidas para o fim do campeonato e a missão de garimpar essa vaga se tornaria praticamente impossível.
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“É o motivo que faz a gente querer ganhar muito esse jogo. Agora, todo jogo a gente tem que encarar como uma decisão, como a gente encarou contra o Cruzeiro. É diferente, mais difícil encarar todo jogo como uma decisão, mas a gente precisa. Sabemos que uma derrota dificulta muito mais. Então, é um jogo muito importante para a gente. A gente precisa muito da vitória”, admitiu o atleta de apenas 21 anos, ressaltando que nem uma vitória contra o Timão, em Itaquera, deve sanar apagar a traumática eliminação da Copa do Brasil a três jogos do que seria a única chance do time levantar uma taça ainda neste ano.
“É lógico que uma vitória no domingo não tira a dor da desclassificação, mas a gente sabe que é um jogo muito importante. Vale muito para a gente também. Vale muito para o Santos, para o torcedor. A gente precisa estar bem para fazer um bom jogo domingo”, finalizou.