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Villa deixa gostinho de ‘Espanha de verdade’ em vitória sobre a Austrália

A vitória por 3 a 0 sobre a Austrália impediu a pior campanha de uma seleção campeã na história e, no belo do gol de Villa, deixou um gostinho do que poderia ter sido, mas, não foi

Publicado em 23/06/2014 às 15:20

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Coube a Curitiba, no fechamento do Grupo B da primeira fase da Copa do Mundo 2014, servir de palco para a Espanha, atual campeão do mundo, dar com um time misto o seu adeus, não só ao Mundial, mas a uma geração que venceu quase tudo na última década e revolucionou a maneira de jogar futebol. A vitória por 3 a 0 sobre a Austrália impediu a pior campanha de uma seleção campeã na história e, no belo do gol de Villa, deixou um gostinho do que poderia ter sido, mas, não foi.

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A morte de duas seleções abraçadas em campo, no entanto, não refletiu no clima dos torcedores, especialmente os australianos. Ninguém em volta do estádio antes da bola rolar ou durante a partida estava preparado para um velório, mas sim uma celebração. Ali, ninguém veio fechar a tampa do caixão de das seleções que, é bem verdade, tinham objetivos bem diferentes nesse Mundial. Para o torcedor, era tempo de abrir os braços para confraternizar e festejar.

E disso, os australianos mostraram que sabem muito bem, emendando uma noite com muita cerveja e alegria pela noite curitibana. Na esplanada em frente á Arena, muito canto e até samba, sempre muito receptivos aos brasileiros. Entre os espanhóis, a decepção com a campanha da Roja não era esquecida, mas estar em uma Copa do Mundo, para muito em seu último dia no país, já era motivo para deixar de lado a tristeza e comemorar.

Aos gritos de ‘Ole, ole, ole ole, Aussie, Aussie’ os times entraram em campo para escreveram seu último capítulo na competição. Logo após o apito inicial, ficou claro o panorama da partida, com a Espanha tocando bola em seu estilo tiki-taka e a Austrália marcando pressão, tentando se superar na base da força e da vontade. Aos quatro minutos, Taggart foi lançado, mas Reina protegeu bem a saída.

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Coube a Curitiba, no fechamento do Grupo B da primeira fase da Copa do Mundo 2014, servir de palco para a Espanha, atual campeão do mundo, dar com um time misto o seu adeus (Foto: Facebook/Fifa)

Embora pudessem valer para os dois lados, os gritos de ‘Eliminados’ que ecoavam no estádio eram direcionados para a Roja, que tinha muita dificuldade de sair para o jogo. Enquanto isso, os australianos tinham sua própria versão do tiki-taka e rodavam a bola, esperando por um espaço. Aos 16 minutos, Iniesta tentou resolver sozinho, as foi travado antes de chegar à área.

Chute a gol mesmo apenas aos 19 minutos, com Jordi Alba, que entrou pela esquerda e fuzilou para boa defesa de Ryan. Na sequência, a zaga afastou o perigo. A Roja estava mais solta, mas finalizava pouco. Aos 28 minutos, Villa pedalou, levou para o fundo e cruzou na pequena área para ninguém aproveitar.

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Até que, aos 35 minutos, Juanfran recebeu lançamento açucarado e cruzou para David Villa, de letra, tocar para o fundo das redes e mostrar porque não poderia ser reserva, recebendo o abraço de todo o time na comemoração enquanto beijava o escudo espanhol. É um dos que se despedem da camisa da Fúria. Aos 42 minutos, Villa serviu Carzola, que toucou na saída do goleiro, mas não contava com a recuperação da defesa.

Para a segunda etapa, a Austrália voltou com Halloran no lugar de Taggart. Buscando seu primeiro ponto na competição, o time da Oceania retornou com mais vontade. Porém, o primeiro chute veio aos oito minutos, com Iniesta, pela linha de fundo. Aos 11 minutos, Mata entrou em campo para a saída de David Villa, que deixou o gramado emocionado, reverenciado pelos colegas e entrou para a história como o maior artilheiro da seleção espanhol em todos os tempos.

Esforçados, os australianos voltaram a apertar a marcação e tocavam, sem, no entanto, conseguirem penetrar na defesa. Aos 20 minutos, McKay cruzou e Reina deixou a meta para segurar. Até que, aos 23 minutos, Fernando Torres entrou na área e tocou na saída do goleiro para marcar. Mais abraços em uma tentativa de mostrar a união do grupo, abalada por problemas internos.

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Iniesta, que completou 100 jogos pela Roja, assim como nas duas primeiras partidas destoava dos colegas, sempre mostrando categoria para tentar resolver, sem apatia, em mais um resquício da Espanha que todos esperavam ver. Nas arquibancadas, o canto provocativo de “Tá chagando a hora” era reflexo de um misto de decepção e falta de simpatia por uma seleção que não quis entrar no clima de Copa e, em alguns momentos se deixou levar pela soberba. Aos 35 minutos, foi a vez de Mata recebe e tocar por baixo do goleiro para fazer o terceiro e fechar o pesadelo espanhol no Brasil.

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