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Horas antes da estreia da Copa do Brasil, a diretoria do Vilhena reclamou por não conseguir respostas do Palmeiras ao convite de um jantar. E o campeão rondoniense realmente não foi hospitaleiro, com um campo cheio de poças e um time abusando da violência para garantir o jogo de volta. Conseguiu. O Verdão fez gol no fim com Leandro, mas só ganhou de 1 a 0.
Com dificuldades para tocar a bola, os comandados de Gilson Kleina pararam em faltas até desleais dos anfitriões no Portal da Aamazônia no primeiro tempo. Na volta do intervalo, Juninho acertou a trave e deu gols para Vinicius e Eguren, que perderam. Só aos 42 minutos, com jogada de três atletas que saíram do banco, Mendieta lançou para Bruno César superar seu marcador e dar a assistência para Leandro.
Como não venceu por, ao menos, dois gols de diferença, o Palmeiras reencontrará o Vilhena em 10 de abril, no Pacaembu, jogo que ocorrerá entre os dois jogos da final do Paulista, que o Verdão espera de participar. O time agora retoma a luta para superar o Santos e ficar com a melhor campanha da primeira fase do Estadual: no sábado, ás 16 horas (de Brasília), recebe a Ponte Preta.
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O jogo
Mesmo com Leandro, Bruno César e Mendieta à disposição, Gilson Kleina não quis mexer na estrutura tática do time e manteve Vinicius e Patrick Vieira nas pontas para aproveitar a volta de Valdivia. Mas de nada adiantou esse ou qualquer outro posicionamento. O Portal da Amazônia mostrou-se o principal adversário do Palmeiras.
O campo estava cheio de poças, principalmente da intermediária para a frente onde o Verdão atacou no primeiro tempo. Não adiantava lançar, impor velocidade ou mesmo tentar passar pela retranca do Vilhena tocando a bola, pois ela parava no acúmulo de água que sempre encontrava.
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Mesmo o time anfitrião, que deveria estar acostumado com as condições do gramado, sofria pela chuva que caiu horas antes do jogo. O que se viu na estreia da Copa do Brasil mais parecia um jogo de várzea, com chutão e cruzamentos de longe que só consagravam goleiros e zagueiros.
As poças atrapalhavam tanto que Valdivia só não conseguiu aproveitar lançamento de Alan Kardec e driblar o goleiro porque a água o bloqueou na grande área, aos 24 minutos. Do outro lado, Edilsinho, meia-atacante de baixa estatura, chegou mais perto de abrir o placar ao tentar encobrir Fernando Prass e, em posição de impedimento, perder grande chance na cara do goleiro. O capitãop do Verdão ainda teve que segurar cabeçada de João Leandro.
À medida que faltava futebol, já que o Palmeiras, muito mais técnico, só conseguia atacar em cobranças de falta de Juninho, aumentava a violência em campo. O Vilhena passou a fazer cera sempre que podia e irritava o adversário com faltas duras, sempre escapando do cartão.
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O árbitro só foi mexer no bolso quando Valdivia, que já tinha dito palavrões a Carlinhos, acertou o braço no meio-campista aos 40 minutos e recebeu amarelo. O campeão rondoniense teve seu primeiro cartão em lance pior, seis minutos depois, quando Alex Barcellos deu um tapa na nuca de Alan Kardec.
No segundo tempo, sem alterações, Gilson Kleina apostou no campo em melhores condições para atacar com a mudança de lado e adiantou a marcação, instruindo o time a utilizar Juninho para aproveitar o lado do gramado com menos poças. O camisa 6 correspondeu às expectativas em dez minutos.
O lateral esquerdo cobrou uma falta alçando a bola na área e a viu bater na trave e nas costas do goleiro Dalton antes de sair. Depois, foi à linha de fundo para colocar Vinicius na cara do goleiro – o atacante conseguiu bater para fora – e cruzar para Eguren, quase debaixo do gol, cabecear pela linha de fundo.
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Em perigo, o Vilhena retomou sua estratégia de cometer faltas e fazer cera, tendo um jogador no chão pedindo atendimento médico sempre que possível. Kleina abriu o time trocando Eguren, Patrick Vieira e Vinicius por Bruno César, Mendieta e Leandro. Graças ao trio, conseguiu a vitória.
Aos 42 minutos, Mendieta lançou de cabeça do meio-campo para Bruno César, que ganhou disputa de corpo com seu marcador e entrou na grande área para entregar a bola a Leandro. Diferentemente de Vinicius, o artilheiro abriu o placar, dando esperança de eliminação do jogo de volta. Em vão: o segundo jogo no Pacaembu vai acontecer.
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