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Verdão mostra brio, mas leva 2 gols no início e Cruzeiro ratifica ponta

O placar reflete um início de jogo sofrível de Ricardo Gareca, que só acumula derrotas até agora

Publicado em 20/07/2014 às 18:19

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Quase 15 mil pessoas pagaram ingresso para estar no Pacaembu neste domingo e, com dez minutos de jogo, imaginaram uma goleada do líder do Campeonato Brasileiro, que já tinha feito dois gols e tocava a bola ao som de “olé”. O Palmeiras, contudo, mostrou brio e superou vaias, mas não se recuperou a tempo: o Cruzeiro venceu por 2 a 1 e ratifica sua presença na ponta da tabela.

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O placar reflete um início de jogo sofrível de Ricardo Gareca, que só acumula derrotas até agora. Marquinhos, que já irritou palmeirenses quando vestiu a camisa verde em 2009, fez o que quis com a defesa do Verdão e deu as assistências para o artilheiro Ricardo Goulart, aos sete, e Manoel, aos dez, abrirem o placar.

Os erros palmeirenses se acumulavam, a ponto de Henrique perder chance com o gol vazio, mas o time terminou o primeiro tempo em cima do rival, se defendeu na base da garra e ainda viu Tobio descontar, aos oito da etapa final. Mas nem os quatro atacantes e a escalação só com um volante no fim do jogo foram suficientes para somar pontos nesta tarde.

Estacionado nos 13 pontos, o Palmeiras volta a jogar no Brasileiro visitando o Corinthians no primeiro clássico do estádio de Itaquera, às 16 horas (de Brasília) do próximo domingo. Na quarta-feira, porém, o Verdão encara o Avaí em Florianópolis, pela Copa do Brasil. Já o Cruzeiro, líder com 25 pontos, recebe o Figueirense às 18h30 de sábado.

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Verdão mostra brio, mas leva 2 gols no início e Cruzeiro ratifica ponta (Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo)

O Jogo

Ricardo Gareca não olhou para a tabela do Campeonato Brasileiro quando decidiu armar seu time. Desistiu de Josimar e Bruno César, ambos sofríveis na derrota para o Santos na quinta-feira, e armou a equipe no 4-3-3, com Mendieta na armação, Diogo, Leandro e Henrique na frente. Caberia a Eguren e Renato marcar e promover a saída de bola. Do jeito que o Cruzeiro queria.

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Com entrosamento, qualidade e confiança que faltam ao Verdão, o Cruzeiro começou a partida tocando a bola como se treinasse. Ricardo Goulart e Marquinhos, ex-Vitória e dono de passagem que ainda causa irritação na torcida palmeirense, se mexiam pelos lados e recebiam com tranquilidade passes de Everton Ribeiro para dar trabalho sem nem precisar tanto da participação de Marcelo Moreno.

Rapidamente envolvido, o goleiro Fábio do Verdão já precisou fazer duas boas defesas em três minutos, defendendo cabeçada de Marcelo Moreno e chute de fora da área de Marquinhos. Parecia questão de tempo o gol mineiro, e ocorreu quando o Palmeiras que ignorou a força do líder resolveu ir para frente.

Aos sete minutos, Marquinhos venceu disputa com William Matheus, transformou Tobio em pouco mais do que um cone dando só um toque para deixá-lo para trás e só rolou para Ricardo Goulart abrir o placar. Aos dez, Marquinhos, de novo, foi decisivo, dessa vez batendo falta e colocando a bola na cabeça de Manoel, completamente livre para testar nas redes.

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O palmeirense temeu um vexame no Pacaembu, mas o Cruzeiro só queria três pontos. Parou de marcar a saída de bola, passando a esperar o rival em seu campo para, se necessário, partir no contra-ataque. Assim, Everton Ribeiro parou em Fábio, aos 19 minutos.

Dar espaços ao Verdão era, talvez, mais vexatório do que fazer mais gols. Como Mendieta, mais uma vez, sumiu, cabia a Eguren armar o Verdão, o que significava um erro constante. Na bola parada, Mendieta e William Matheus passavam vergonha, com cobranças dignas de quem nunca nem as treinou. Aos 25 minutos, a torcida cruzeirense passou a gritar “olé”.

Aos 32 minutos, o Palmeiras deu motivos para irritação até em rara aparição de perigo no ataque. Mendieta lançou Leandro, que parou em grande defesa do cruzeirense Fábio, e a bola sobrou limpa, com o gol vazio para Henrique. O artilheiro desperdiçou como nenhum profissional poderia, chutando no tobogã.

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Até que Eguren saiu por lesão, aos 33. Gareca mostrou ser corajoso. Em vez de aumentar a marcação para proteger-se de uma goleada, enxergou que precisaria de alguém que tivesse mais condições de tocar a bola e trocou o uruguaio por Felipe Menezes. Assim, nos 15 minutos seguintes, ganhou o meio-campo e mostrou sua força.

Apesar dos constantes erros de Mendieta, transformado em segundo volante, mas solto na frente, o Verdão provou que tinha condições de empatar a partida. Aos 36 minutos, viu o volante Henrique acertar a trave depois de cobrança de escanteio, quase marcando gol contra. A torcida palmeirense vaiou a equipe, mas estava mais esperançosa.

Ciente da pressão que viria, Marcelo Oliveira tirou Lucas Silva, que já tinha cartão amarelo, e passou todo o segundo tempo aumentando a marcação no seu meio-campo. O time que não levava cartão há três jogos passou a ter uma sequência de amarelos apresentados, sem conseguir ir à frente por conta da raça adversária, característica que o Verdão mostrou para equilibrar o jogo.

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O Palmeiras aprendeu com os próprios erros e, de tanto insistir na frente, marcou seu gol. Felipe Menezes resolveu bater a falta em vez do errante Mendieta aos oito minutos e colocou a bola no pé de Tobio, que esticou a perna para vencer o goleiro Fábio e balançar as redes pela primeira vez no clube.

Gareca foi lançando seu time à frente, apostando no empenho dos seus defensores para evitar sofrer mais gols. Os atacantes Mouche, estreante, e Érik entraram nos lugares de Leandro e Mendieta, ambos que cansaram de errar mais uma vez com a camisa do Palmeiras.

Na correria, com quatro atacantes, um meia e só um volante em campo, o Verdão fez Fábio trabalhar em finalização de Henrique, aos 16, e Mouche chutou cruzado, rente à trave esquerda do goleiro do Cruzeiro, aos 28. O Cruzeiro até fez cera para segurar um rival que parecia inofensivo. Mas, independentemente do sofrimento inesperado, venceu o Palmeiras no Pacaembu.
 

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