De acordo com a Gazeta, veja quais foram as partidas mais emblemáticas da gloriosa história do Verdão / Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo
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O Palmeiras é o maior campeão nacional do Brasil, e recentemente vem dominando a América do Sul com duas conquistas seguidas da Libertadores, em 2020 e 2021. Com diversas partidas históricas para a torcida alviverde, veja abaixo os cinco jogos mais emblemáticos do clube (missão difícil) de acordo com a reportagem da Gazeta:
5. Título da Copa do Brasil de 2015, contra o Santos ( 1x0 e vitoria nos pênaltis)
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O primeiro título da "Era Crefisa", parceria que fez o Palmeiras retornar ao caminho das glórias, foi a Copa do Brasil de 2015, quando o Verdão bateu o Santos na decisão. Foi ali que começou a idolatria de Dudu, autor dos dois gols, e uma rivalidade vencida pelo goleiro Fernando Prass contra o atacante do Peixe, Ricardo Oliveira.
O alviverde havia perdido o jogo de ida por 1 a 0 e alguns portais chegaram a vincular uma imagem de um suposto pôster de campeão do Santos. Foi então que, com a força da torcida, o Palmeiras iniciou um novo vício por títulos. A equipe venceu por 2 a 1 no tempo normal, e saiu campeã nos pênaltis, com Fernando Prass convertendo o decisivo. Desde então, o Verdão não parou mais de empilhar taças.
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Elenco campeão da Copa do Brasil de 2015/Rafael Ribeiro/CBF
4. Final da Libertadores de 2021, contra o Flamengo (2x1)
Então atual campeão da competição, o Palmeiras chegou para a decisão da Libertadores de 2021 com muitos considerando seu rival, Flamengo, como favorito ao título. De início uma bela jogada ensaiada por Abel Ferreira contra o lado esquerdo da equipe Rubro-Negra resultou no gol de Raphael Veiga. Gabriel Barbosa empatou o jogo para o Mengão, e foi na prorrogação que um herói improvável apareceu.
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Se um ano antes o autor do gol do título foi Breno Lopes, que o Abel Ferreira surpreendeu a torcida ao colocá-lo, em 2021 foi parecido. Com o time precisando de um gol para vencer na prorrogação, o mister do Verdão chamou Deyverson para campo. Predestinado, o atacante palmeirense apertou a saída de bola do Flamengo, e após um escorregão em puro azar de Andreas Pereira, o "menino maluquinho" do Palmeiras não perdoou. Gol do tricampeonato do alviverde, e nome eternizado na história mais uma vez.
Deyverson celebra o gol do título da Libertadores de 2021/Reprodução Youtube
3. Semis da Libertadores de 2000, eliminando o Corinthians ( 3x2 e vitória nos pênaltis)
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O Palmeiras por pouco não foi bicampeão da Libertadores em 2000. Acabou com o vice-campeonato após perder nas penalidades máximas para o Boca Juniors. Para chegar à decisão, o Verdão eliminou, pela segunda vez seguida, seu maior rival, Corinthians, da competição. O clube alviverde havia sido campeão em 1999 tendo eliminado o Timão nas quartas de final, nos pênaltis. E o duelo de 2000 era a revanche perfeita para o Corinthians, mas... novamente deu Palmeiras.
Na partida de ida, o Timão venceu o Palmeiras por 4 a 3, em um jogo espetacular. Na volta, o Verdão saiu na frente, levou a virada, e conseguiu ficar novamente na dianteira do placar, vencendo por 3 a 2 e levando a decisão novamente para as penalidades. Os dois times estavam em alta, um clássico recheado de estrelas, e para definir, após o alviverde converter todas as suas cinco cobranças, e o Corinthians converteu suas quatro, restava apenas um último duelo, os dois maiores ídolos em campo de cada uma das equipes: o goleiro marcos e o meia Marcelinho Carioca. Deu São Marcos, o ídolo palmeirense, que brilhou e defendeu a cobrança de Marcelinho, eliminando novamente o rival e colocando a equipe na segunda final seguida da Copa Libertadores.
Marcos celebra defesa do pênalti de Marcelinho/Reprodução Youtube
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2. Título da Libertadores de 1999, contra o Deportivo Cali (2 a 1 e vitória nos pênaltis)
O Palmeiras foi campeão da Libertadores pela primeira vez em sua história em 1999, em duelo emocionante contra o Deportivo Cali. Após ser derrotado em um jogo duro na ida, por 1 a 0, o Verdão lotou o Palestra Itália para fazer história. Foram três gols em um curto período. Após uma primeira etapa sem gol mas com pressão do Palmeiras, o segundo tempo finalmente teve o grito que estava entalado na garganta da torcida palmeirense. Aos 17 do segundo tempo, Evair abriu o placar, cobrando pênalti. Porém, poucos minutos depois, também de pênalti, Zapata empatou a partida.
Foi momento então de brilhar a estrela do treinador Felipão. Ele tirou o destaque da equipe, Alex, para colocar Euller, e deixou o time mais veloz. Deu certo. Em jogada de Júnior e Euller, Oséas escorou para o gol e levou a partida para os pênaltis. Zinho abriu a disputa perdendo sua cobrança. Arce, Alex e Evair, exímios batedores de pênaltis, não estavam mais em campo. O desespero bateu. Na quarta rodada da disputa, enfim o alívio: Bedoya desperdiça sua cobrança. Tudo igual para a quinta e derradeira rodada. Euller converte sua cobrança, e Zapata, que havia feito um gol de pênalti no tempo normal, perde a sua. A América do Sul era verde pela primeira vez. O time, que hoje é o brasileiro com mais vitórias na história da competição, levantou seu primeiro dos três troféus, para a alegria de um Palestra Itália lotado. Era a coroação de um grande elenco, comandados por um treinador diferenciado: Luiz Felipe Scolari.
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Time palmeirense campeão da Libertadores de 1999/Divulgação
1. Final do Campeonato Paulista de 1993, contra o Corinthians (4x0)
12 de junho de 1993. Exatamente 30 anos atrás, o Palmeiras realizava o maior jogo de sua gloriosa história. Após perder para o Corinthians na partida de ida da final do Campeonato Paulista de 1993, o Palmeiras precisava vencer o jogo de volta para, ao menos, ter chances de quebrar um jejum que incomodava o clube. A patrocinadora Parmalat visava trazer a alegria de volta para o torcedor e contratou diversos craques, como Edmundo e Roberto Carlos, que se juntaram a Zinho, César Sampaio e cia.
Para espantar o fantasma da seca, o time seguiu à risca seu hino, apresentou um futebol com uma defesa que ninguém passava, e com atacantes de raça, goleou de forma impiedosa seu maior rival. No primeiro tempo, Zinho abriu o placar. Na segunda etapa, Evair ampliou e logo após Edílson fez o terceiro. Como havia perdido a partida de ida por 1 a 0, mesmo vencendo por 3 a 0 o Verdão teve que disputar a prorrogação contra o Corinthians, jogando pelo empate neste tempo extra. Mesmo assim, o Palmeiras seguiu avassalador, e com um rival totalmente acuado, marcou o quarto gol, novamente com Evair. O tabu de quase 17 anos sem gritar “é campeão” estava acabado. E a torcida cantava e vibrava embalada nos braços do matador Evair.
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Pôster do time campeão paulista de 1993/Reprodução
Menções honrosas: Palmeiras 3 x 0 River Plate (Libertadores de 1999, com show de Alex); Palmeiras 1 x 0 Santos (Final da Libertadores de 2020, com gol de Breno Lopes); Palmeiras 4 x 0 São Paulo (Paulistão de 2022, com virada histórica em cima do rival); Palmeiras x Juventus, final da Copa Rio, em 1951; Palmeiras 1 x 0 Corinthians (final do Campeonato Paulista de 1974).
*Estagiário, sob supervisão da redação.
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