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Valdivia desfalcou o Palmeiras em cinco dos nove jogos no ano e não atua desde o dia 3, quando levou pancada no empate com o XV de Piracicaba e machucou a coxa esquerda. Mas o meia, que voltou a treinar com o elenco nessa terça-feira, garante que estará à disposição para enfrentar o União Barbarense no domingo e adota discurso de que 2013 será diferente dos outros anos, mesmo com a tristeza pela saída do amigo Barcos e independentemente da volta de Kleber, que também está no Grêmio.
“Quero deixar em uma porta trancada os anos passado e retrasado. Agora quero pensar no presente e no futuro com muito trabalho, dedicação e comprometimento, tenho certeza de que vai dar certo neste ano”, disse o chileno à TV Bandeirantes, alegando estar ciente da insatisfação de alguns torcedores por tantos desfalques desde seu retorno ao clube, em agosto de 2010.
“Tem torcedor que está até aqui comigo (falou colocando a mão na testa), mas tem muitos que confiam em mim. Por eles, por todos e principalmente por mim vou voltar a ser o jogador que todos querem. Que neste ano o torcedor possa definitivamente dizer que joguei futebol”, apostou.
“Podem falar que no ano passado falei a mesma coisa, mas voltei totalmente diferente e me preparei para que isso realmente possa virar realidade. Estou consciente da responsabilidade que tenho. Estou tranquilo e muito feliz por ter mais uma chance aqui no Palmeiras. Percebi que é importante acompanhar o time no estádio mesmo sem jogar até para eu sentir que o grupo confia em mim, mas vou mostrar meu comprometimento dentro de campo, que é o mais importante”, prosseguiu o camisa 10, que diz lamentar só a negociação de Barcos.
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“A saída dele mexeu um pouco porque todos nós ficamos surpresos pela saída dele. Eu não esperava isso por ele ser o nosso capitão, nossa referência, nosso artilheiro no ano passado. Sinto a partida do Barcos porque ele é meu amigo, uma companhia, um apoio mútuo aqui dentro do Palmeiras. Eu tinha uma pessoa aqui para falar espanhol. Agora fiquei sozinho”, comentou.
Vilson, Léo Gago, Leandro e Rondinelly, porém, vieram na troca pelo centroavante e já são aprovados. “Chegaram jogadores de muita qualidade que são gente finíssima, muito gente boa, se entrosaram muito rápido no grupo”, falou Valdivia, a favor também do retorno do Gladiador. “Se o Kleber voltar, nós, jogadores, íamos adorar. É raçudo e tem uma qualidade que não se discute. Mas agora cabe à diretoria e ao treinador decidir se ele vem ou não. Torcemos para que a decisão seja a melhor, ele vindo ou não.”
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Na verdade, Valdivia, hoje, pensa mais em si mesmo. Até para voltar à seleção chilena, sua maior meta para 2013. “Não era migué. Neste ano estou com outra mentalidade, é diferente, tem a seleção com chance de jogar a Copa do Mundo aqui no Brasil. Para mim, seria maravilhoso. Espero que neste ano eu possa jogar, fazer de tudo para não me machucar e não passar mais tempo no departamento médico”, imaginou, feliz pela saída da gestão de Arnaldo Tirone.
“Com o apoio do treinador e da diretoria que entrou, estou bastante tranquilo. No ano passado, cada vez que eu não jogava, era criticado por conselheiros e dirigentes, às vezes com razão e às vezes de graça. Quando o Palmeiras não ganhava, olhavam para o departamento médico e reclamavam que o Valdivia estava machucado. Mas neste ano, quando não joguei, o time ganhou e ninguém lembrou de mim”, citou, garantindo tristeza pelo rebaixamento no Brasileiro.
“É muito estranho. Teve a conquista do Copa do Brasil, quando joguei mesmo com o problema do sequestro e fiz gol na semifinal e na final. Logo depois, a gente caiu e não joguei a última parte. Foi difícil para mim. Eu não podia jogar e vi a tristeza do torcedor, dos jogadores”, falou Valdivia, que encerrou a liga nacional sem nenhum gol nem assistência.
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