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O Palmeiras perdeu por 3 a 0 para o Atlético-PR, na quarta-feira, e foi eliminado da Copa do Brasil sem Valdivia em campo, o que está longe de ser uma raridade. O chileno, nas poucas vezes em que não foi desfalque, tornou-se problema em todos os jogos decisivos do time desde sua volta ao clube, em agosto de 2010.
Nesta temporada, o jogador ficou fora das três partidas que definiram o destino do time em torneios de mata-mata. Antes de ser desfalque em Curitiba por edema na coxa direita, o meia não participou do empate com o Santos que tirou o Verdão do Paulista nos pênaltis, nas quartas de final, e também não atuou na derrota para o Tijuana, nas oitavas de final da Libertadores.
O desfalque nas duas primeiras partidas decisivas no ano foi polêmico. O camisa 10 treinava normalmente na semana do clássico na Vila Belmiro até a diretoria decidir não liberá-lo para defender sua seleção diante do Brasil. E o jogador, que sempre colocou o Chile como prioridade, disse ter voltado a sentir dores na coxa direita, embora exames mostrassem que a lesão estava cicatrizada.
No empate com o Flamengo que selou o rebaixamento no Brasileiro do ano passado, foi por um problema no joelho esquerdo que Valdivia não esteve em campo. Pelo mesmo motivo, também não foi usado na derrota para o Millonarios que excluiu o Verdão da Copa Sul-americana de 2012, nas oitavas de final.
Mesmo na conquista do título da Copa do Brasil da última temporada, o Mago foi desfalque. O meia abriu a vitória por 2 a 0 contra o Coritiba no jogo de ida da final cobrando pênalti na Arena Barueri, mas foi expulso no início do segundo tempo e, na partida de volta, no Paraná, cumpriu suspensão.
O último duelo decisivo do Palmeiras com Valdivia em campo teve curtíssima atuação do chileno. Voltando de lesão na coxa esquerda, o camisa 10 começou no banco e participou de pouco mais de meia hora da derrota por 3 a 2 para o Guarani que tirou a equipe do Paulista de 2012 nas quartas de final.
Na última rodada do Brasileiro de 2011, o jogador mais caro do elenco foi titular, mas acabou expulso no começo do segundo tempo por agredir Jorge Henrique no empate sem gols que deu ao Corinthians o título do torneio. Naquele ano, ele também ficou fora da eliminação na Sul-americana diante do Vasco por estar a serviço da seleção chilena.
Um clássico contra o Corinthians já tinha gerado problema no meia em 2011. Logo após um chute no vazio, Valdivia machucou a coxa esquerda e saiu no começo da semifinal do Paulista que terminou com classificação alvinegra nos pênaltis. A mesma lesão o impediu de enfrentar o Coritiba, que chegou a aplicar 6 a 0 no jogo de ida para eliminar o Verdão nas quartas de final da Copa do Brasil.
Em 2010, ano de sua volta, o chileno teve uma fibrose na coxa esquerda e, por isso, não participou tanto da reta final do Brasileiro quanto da derrota para o Goiás que excluiu o Palmeiras da Sul-americana de 2010 nas semifinais. Era o início de uma contestável passagem do jogador que chegou há três anos graças a uma transação que custará ao Palmeiras, no total, R$ 36 milhões a ser pagos até 2016, ano seguinte ao fim do seu contrato.
Existe a expectativa de que Valdivia esteja em campo neste sábado, contra o Ceará, pela Série B do Brasileiro, mas ele certamente será desfalque nos três jogos seguintes porque ficará à disposição da seleção chilena. O que só faz Gilson Kleina repetir o que Luiz Felipe Scolari fazia nos dois anos em que comandou o camisa 10: lamentar a sua ausência.
“Se o Valdivia estivesse em campo nos dois jogos contra o Atlético-PR, seria diferente. É claro que sentimos falta dele, ele vinha fazendo a diferença. Mas que ele possa reunir condições para jogos importantíssimos que ainda teremos, que possamos contar com ele nesta reta final de Série B, na qual temos a obrigação do acesso”, disse Kleina.
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