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Gilson Kleina sentiu nessa terça-feira, na goleada sobre o Icasa, a expectativa da torcida em ver Valdivia e Mendieta juntos. Ao trocar o paraguaio pelo chileno, o técnico ouviu vaias e xingamentos no Pacaembu, e agora acompanha ambos ressaltando os benefícios da parceria. Mas já aponta: um dos dois precisará marcar mais para que o desejo deles e dos palmeirenses se realize.
“Se tenho Mendieta e Valdivia, alguém vai ter de correr para trás. Alguém vai ter de ser o operário da história”, apontou Kleina, ainda reticente em recuar Mendieta. “Não havia razão para colocar o Mendieta mais para trás, como volante. Eu o vi fazendo jogadas que já vimos no treinamento e não vai ter problemas se colocarmos esses dois. Na teoria as coisas são bonitas, mas, na prática, precisamos trabalhar as situações.”
A preocupação do treinador é a adaptação gradual que a comissão técnica vê como necessidade ao jogador vindo do Libertad. Mas Mendieta, que encontrou em Valdivia um amigo que o ajuda bastante até fora de campo, gosta de trocar passes com o camisa 10. “Só depende do Kleina. Nós dois temos características iguais, mas creio que jogaremos juntos”, falou o paraguaio.
Valdivia ressalta a qualidade dele e do amigo. “O Mendieta tem muita qualidade mesmo, sabe jogar com a bola no pé, tem um passe diferente. Não é impossível jogarmos juntos. Quando se tem dois jogadores com as mesmas qualidades e características, o tempo tem mais chances de ficar mais tempo com a bola no pé. O Mendieta gosta de ficar com a bola, girar, enfiar para os atacantes”, apontou.
A sensação do camisa 10, sincero, é de que a parceria com o outro estrangeiro armador do elenco é questão de tempo. “Quem vai decidir é o Gilson. Se jogarmos juntos, vai acontecer o que está acontecendo. Vamos nos doar e correr para não ter problema na marcação. Não tem muito problema, não. No momento certo, o professor vai saber nos escalar juntos.”
Por enquanto, contudo, quem dificulta a parceria entre Valdivia e Mendieta é Wesley, destaque como terceiro homem no meio-campo. E o camisa 11 prefere passar o problema para Gilson Kleina em vez de já se declarar como o “operário” que o técnico quer. “Depende do homem, né? Deixa o pepino para ele resolver. O que precisamos é ter aplicação tática e se dedicar da melhor maneira possível”, desvencilhou-se.
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