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Valdivia aparece, corre sozinho na chuva e não trabalha com bola

O meia, campeão da Copa América pelo Chile, já foi anunciado como reforço do Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 07/07/2015 às 17:29

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O jogador mais caro do elenco está de volta ao Palmeiras. Mas sem tocar na bola. Com contrato até 17 de agosto, Valdivia atendeu à exigência da diretoria e se reapresentou na tarde desta terça-feira, em sua primeira apareceu na Academia de Futebol desde o título da Copa América, e enfrentou chuva para trabalhar fisicamente sozinho.

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O meia, que já foi anunciado como reforço do Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, foi à sala de musculação com os titulares e, pouco depois, foi ao gramado correr protegido por um gorro do clube, sem a supervisão de nenhum profissional do clube. Encarou a chuva que cai em São Paulo.

A leve atividade no campo, porém, durou poucos minutos. O chileno logo voltou às dependências internas do centro de treinamento. Dificilmente estará à disposição para enfrentar o Avaí, nesta quarta-feira, embora tenha participado normalmente de todos os seis jogos da Copa América em menos de um mês, em sequência que não teve neste ano vestindo a camisa alviverde.

A exigência da reapresentação do camisa 10 nesta terça-feira é uma medida bem distinta à adotada com Lucas Barrios. O atacante defendeu o Paraguai na Copa América até sexta-feira e recebeu uma semana de descanso, já que não tem férias há mais de um ano porque estava no Montpellier, da França. Diferentemente de Valdivia, que voltou de descanso em janeiro e, por lesão muscular, só estreou em abril.

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A diferença entre ambos esteve também no tratamento durante a Copa América: o diretor de futebol Alexandre Mattos foi ao Chile acertar com Barrios, e não se encontrou com Valdivia. O clube não se manifesta oficialmente, mas espera iniciar os trâmites definitivos de sua saída. O técnico Marcelo Oliveira já foi informado de que não deveria contar com o meia, que impôs dificuldades para renovar sob drástica redução salarial.

Valdivia atendeu à exigência da diretoria (Foto: Agência Palmeiras)

O meio-campista defendeu o Verdão pela última vez em 31 de maio, quando admitiu que a vitória sobre o Corinthians, naquele dia, deveria ter sido a sua despedida. Depois disso, ficou a serviço da seleção chilena e, durante a campanha do título na Copa América, encaminhou seu acordo com o Al Wahda.

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O clube árabe informou que deve esperar o fim do contrato de Valdivia com o Palmeiras para realizar exames médicos e assinar com o chileno, mas o Verdão está disposto a entrar em acordo para liberá-lo mais cedo. Embora não descarte publicamente até uma improvável renovação com o chileno.

O jogador sempre impôs dificuldades para renovar: não aceita o modelo de produtividade (salário maior de acordo com a frequência em campo) imposto pelo presidente Paulo Nobre, já criticou publicamente Alexandre Mattos e não gostou da primeira oferta da diretoria (cerca de 25% do salário atual como valor fixo e aproximadamente metade do que ganha atualmente se atuar em todos os jogos do mês). A postura de Valdivia, que mais desfalcou o time do que jogou em cinco anos de contrato, virou argumento para que não siga no clube.

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