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Natural de Santos, ele carrega o apelido regional no nome, mas Júnior Caiçara não chegou a ter destaque em algum clube da Baixada Santista, apesar de atuar na base do São Vicente e a Portuguesa Santista. Pelo contrário, foi contra o Peixe que o lateral-direito começou a aparecer. Foi na Copa do Brasil, em 2009, quando ajudou o CSA a eliminar o Alvinegro Praiano dentro da Vila Belmiro.
De lá para cá, atuou pelo Santo André e se transferiu para o Gil Vicente, de Portugal. Em duas temporadas, foi campeão da Segunda Divisão Nacional (2010/2011) e, posteriormente, foi contratado pelo Ludogorets Razgrad, clube sensação da Bulgária.
No Leste Europeu que Júnior Caiçara despontou de vez. Em três temporadas, ele foi duas vezes campeão nacional, além de faturar uma Taça da Bulgária e uma Supertaça do País. Mais do que isso, disputou competições continentais e foi por causa de uma delas, a Liga dos Campeões, que despertou o interesse dos clubes das grandes ligas.
O alemão Schalke 04 venceu a corrida para ter o lateral-direito brasileiro, pagando 5 milhões de euros para contar com o jogador para a temporada 2015/2016. Com a transferência, Júnior Caiçara se tornou o jogador mais caro da história da liga búlgara.
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Na Alemanha, já se tornou titular no time de André Breitenreiter. Atuou em 7 das 11 partidas disputadas pela equipe de Gelsenkirchen, sendo todas como titular. O fato surpreendeu o novo camisa 3 do Schalke.
“Fui surpreendido. Esperava chegar e ter que me adaptar primeiro, mas está sendo bom estar jogando mais que o esperado. Assim me adapto mais rápido”, contou o brasileiro.
Os “Azuis Reais”, como é conhecido o time, estão acostumados a ter brasileiros no elenco. Por lá passaram os zagueiros Bordon e Felipe Santana, os meias Mineiro, Michel Bastos, Lincoln e Raffael, além dos atacantes Edu e Kevin Kuranyi. Mas, um brasileiro ganhou status de ídolo: o também lateral-direito Rafinha, atualmente no Bayern de Munique.
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Para Caiçara, o fato de tantos compatriotas terem atuado no Schalke aumenta a responsabilidade, mas ele busca se espelhar em Rafinha para ter sucesso no clube.
“Aumenta a cobrança por ser brasileiro e ter passado bons jogadores brasileiros por aqui, mas me espelho no Rafinha, e também no Dani Alves (do Barcelona), que são duas boas referências que tenho em minha posição. Espero chegar aonde eles chegaram”.
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Recentemente, Rafinha foi convocado pelo técnico da Seleção, Dunga, para os duelos contra Chile e Venezuela, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O lateral pediu dispensa. Prestes a conseguir a cidadania alemã, especula-se que ele possa atuar pela seleção germânica, tendo recebido apoio até do ex-capitão, campeão mundial em 2014 e companheiro de Bayern, Philipp Lahm.
Júnior Caiçara já possui a nacionalidade búlgara e poderia ser convocado pelo técnico Ivaylo Petev, que o comandou no Ludogorets. Entretanto, aos 26 anos, Júnior ainda espera ser lembrado por Dunga.
“Tenho 26 anos e acho que esperaria mais um pouco. Tenho esperança de chegar a seleção Brasileira. Mas, não recusaria o convite seleção da Bulgária caso não aconteça nada com a do Brasil”.
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Adaptação na Alemanha e vontade de jogar no Brasil
Após duas temporadas em Portugal e três na Bulgária, Júnior Caiçara explicou que o futebol alemão é completamente diferente do que ele estava acostumado. Por isso, o início tem sido difícil.
“É completamente diferente. Está sendo difícil esse começo, mas estou conseguindo me adaptar. Espero conseguir o mais rápido possível estar 100% adaptado ao campeonato alemão”.
Em campo, o santista já tem se arriscado na comunicação com os companheiros de clube, mas ainda está aprendendo a falar alemão para facilitar o diálogo.
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“Na brincadeira eu consigo falar alguma coisa, mas ainda não falo a língua deles. Já estou estudando para poder me comunicar melhor com todos. Por enquanto, vou gastando meu inglês e dando meus jeitos”.
Já em relação ao estilo de vida alemão, o lateral-direito explicou que não tem encontrado problemas. “Já estava adaptado ao estilo europeu, então não dificultou muito. Ainda mais aqui nesse país maravilhoso que é a Alemanha”.
Por fim, Júnior Caiçara revelou que tem o objetivo de atuar no futebol brasileiro, mas que é um plano para daqui há alguns anos.
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“Penso muito nisso e tenho muita vontade de jogar um Brasileirão que ainda não joguei. Mas quero ficar na Europa por muito tempo ainda”.
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