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Após mais de duas semanas esperando alguém da diretoria procurá-lo, Gilson Kleina foi saber que só virou opção porque Marcelo Bielsa pediu caro demais na véspera do jogo que poderia ser o do título da Série B do Brasileiro. A negociação para a renovação, contudo, não será simples, e terá a presença de um empresário a ser designado pelo próprio técnico.
“Vamos conversar com alguns profissionais, como o que me trouxe para cá. Não é ele que define, mas vou respeitar o acordo lá de trás, de quando vim para o Palmeiras”, disse o treinador, sem citar o nome que intermediou as conversas com Arnaldo Tirone, antecessor de Paulo Nobre na presidência do Verdão, para sua chegada em setembro do ano passado.
A postura de Kleina está bem definida depois de mostrar abatimento pela demora de Nobre em cumprir sua promessa. O técnico já desconfiava que a diretoria estava atrás de outros nomes desde quando o presidente lhe garantiu que conversaria sobre sua renovação, logo após a confirmação do acesso à Série A, em 26 de outubro.
Neste período, José Carlos Brunoro foi à Argentina para negociar com Marcelo Bielsa, desempregado desde que saiu do Athletic Bilbao, em junho, e pôs fim às conversas diante do pedido do treinador. O próprio diretor executivo contou sua viagem a Kleina, tentando minimizar o desconforto, na véspera de uma noite frustrante com a derrota para o Paysandu, alegando que ele é prioridade entre os técnicos brasileiros.
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“Eu não sabia da viagem de ninguém”, admitiu Kleina, sincero também ao falar que pensava unicamente na partida na qual a equipe só não poderia perder para ser campeã nessa terça-feira. “O primeiro tópico da reunião foi que conversaram com outro profissional. Mas meu foco era outro, era o jogo, eu queria o resultado para consolidar o trabalho.”
Com a volta para São Paulo marcada para a noite desta quarta-feira, Kleina passará o dia em Belém e espera adiantar as conversas com os dirigentes após uma primeira reunião que definiu como “super-rápida” na segunda-feira. A conclusão, no entanto, só ocorrerá com a presença de seu representante, e não será tão rapidamente.
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“Tento sempre ter os pés no chão e me manter equilibrado porque comando uma grande empresa, um dos maiores clubes do mundo. Tudo será feito com muita cabeça e estudo, não no oba-oba. Existem pontos a serem discutidos, agora vamos ver as minhas ideias e as da diretoria”, disse o técnico, que tem contrato até 31 de dezembro e já adiantou seu desejo de valorização – em outras palavras, um aumento no salário.