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Enquanto a seleção brasileira se preparava no vestiário para fazer o último treino antes do jogo com o Paraguai, na tarde desta sexta-feira, nas outras áreas do estádio Ester Roa o barulho era intenso. Máquinas para os mais diversos fins, como furadeiras, martelos, geradores de energia. Na véspera da primeira partida da Copa América na arena de Concepción, ainda há muita coisa para fazer.
A correria era intensa e a previsão é que as centenas de trabalhadores varem a próxima madrugada, se necessário, para deixar tudo pronto. E trabalho não falta. Ainda estão sendo instaladas, por exemplo, cadeiras no setor destinado à imprensa - a pintura do piso do setor, feita no final da manha em tom azul, já estava toda pisoteada, "vítima" do corre-corre dos operários e voluntários. Instalações hidráulicas e elétricas também estavam sendo executadas.
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O Ester Roa, antigo Callao, é municipal. Foi um dos dois reconstruídos para a Copa América, mas a obra atrasou bastante. Outro problema foram as greves dos operários que trabalham na construção. No início deste ano, o atraso era imenso. A ponto de o estádio ter tido sua inclusão na competição ameaçada e forçado até um adiamento da definição das sedes. Por fim, foi garantido, mas só agora, na fase de quartas de final, começa a ser utilizado.
A reconstrução do Ester Roa, que fica ao lado de um quartel do exército chileno, consumiu declarados US$ 50 milhões - cerca de R$ 155 milhões. Quem viu o antigo Callao diz que a única coisa que sobrou foi o terreno, tamanha a mudança na estrutura e no visual.
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O estádio está cheirando a tinta, nas cores azul, amarela e branca. Mas, além das máquinas se movendo de um lado para o outro em seu exterior, e dos últimos retoques no gramado, ainda há muito por fazer no lado externo também. As calçadas somente agora estão sendo concluídas, a limpeza se encontra por fazer.
O nome Ester Roa foi dado ao estádio em homenagem à primeira prefeita da cidade de Concepción. E, na quinta-feira, mesmo ainda em obras, foi reinaugurado pela presidente Michelle Bachelet. É um dos mais modernos e bonitos do Chile. Mas quando chamava Callao foi usado para um página feia da história do pais andino: serviu como palco para atos de tortura do regime militar comandado pelo general Augusto Pinochet. A vizinhança com o quartel facilitou sua utilização.
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