O Santos afirmou que o crime foi denunciado ainda dentro do estádio, para os representantes da Conmebol / Raul Baretta / Santos FC
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O Santos denunciou ataques racistas que teriam sido direcionados a dois de seus atletas na partida da Copa Sul-Americana, disputada na noite desta quarta-feira (24), em Rancagua, no Chile, contra o Audax Italiano. Os alvos foram os jogadores Ângelo e Joaquim.
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Os dois, segundo o clube, foram atacados verbalmente e com gestos imitando macacos por torcedores do time adversário.
"O Santos Futebol Clube, novamente, vem a público denunciar e repudiar com veemência mais um caso de racismo no futebol. Dessa vez, os alvos das injúrias raciais foram nossos jogadores Ângelo e Joaquim. Os dois atletas foram atacados verbalmente e com gestos imitando macacos por torcedores adversários presentes na partida de hoje", traz trecho de publicação do Santos no Twitter.
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O Santos afirmou que o crime foi denunciado ainda dentro do estádio, para os representantes da Conmebol. Com os dois casos registrados oficialmente, o clube aguarda o posicionamento da entidade diante desta situação "inaceitável".
"Como já foi dito, o racismo não deve ser apenas combatido, mas também punido severamente", destacou o clube.
Paulo Roberto Falcão, coordenador de Futebol do Santos cobrou medidas sérias. "As coisas não param se não tiver medidas sérias, punições severas, porque não é difícil identificar. Estamos falando disso alguns dias depois do que aconteceu com o Vinicius Junior, no Real Madrid. Alguém tem que parar com isso. Isso depende muito das instituições", declarou ao canal De Olho no Peixe.
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De acordo com Falcão, os clubes reclamam, lamentam, mas têm um limite de atuação nesses casos.
"A gente reclama, a gente lamenta e isso fica no nosso limite. É uma manifestação triste do racismo e que tem que ser combatida seriamente. Não é possível que se tenha tido no mundo uma repercussão com o Vinicius Junior e as pessoas repetem isso hoje aqui alguns dias depois. Significa que não basta só a gente ficar falando, tem que ter punição", concluiu.
O ataque contra os jogadores do Santos acontece na mesma semana em que o mundo se mobilizou para cobrar ações efetivas contra o racismo o futebol, após o jogador brasileiro Vinicius Junior ter sido alvo de torcedores do Valencia, no domingo (21).
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Na terça-feira (23), o colombiano Hugo Rodallega, do Independiente Santa Fe, afirmou que foi chamado de "macaco" em uma discussão durante o jogo contra o Gimnasia y Esgrima, de La Plata, na Argentina, também pela Copa Sul-Americana, na terça-feira.
"Não melhoramos como humanidade, é um desastre o que acontece no mundo inteiro, uma tristeza virmos aqui e isso acontecer. Não digo que perdemos o jogo por causa das pessoas, mas a questão do racismo cansa", lamentou Rodallega em declarações à transmissão oficial da partida, que terminou com a vitória do Gimnasia por 1 a 0.
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