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Tite colocou Alexandre Pato no banco após a desastrosa tentativa de cavadinha que eliminou o Corinthians da Copa do Brasil e não gostou da reação do jogador. Não propriamente por uma insatisfação com a reserva, mas pelo “fantasminha do medo” rondando o atleta, duramente criticado por boa parte da torcida.
O atacante entrou nas duas partidas do time desde a derrota nos pênaltis para o Grêmio. Xingado no CT do clube e em campo, não conseguiu fazer diferença no empate com o Santos. Contra o Vitória, no último domingo, em mais um empate, além de errar várias tentativas de drible, perdeu a bola do jogo, acertando o travessão em cabeceio na pequena área.
Questionado sobre a maneira com a qual o jogador vem lidando com a fase crítica, Tite exagerou nas pausas dramáticas. O treinador esperou alguns segundos, ameaçou falar, pausou novamente e só apontou, à sua maneira, o temor que vê no camisa 7 depois de fazer a observação: “É, saia-justa”.
“É uma questão individual, íntima. O que ele tem do técnico é que, cara, na minha vida, perdi muito e persisti muito, errei muito também. Mas não dá para abrir mão de uma coisa, a coragem. Todo o mundo convive com o fantasminha do medo, eu também, a demissão, por exemplo. Mas com muita força e com ímpeto para superar as adversidades. Ele vai ter que ter também”, comentou o gaúcho.
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Ao analisar o comportamento de Pato, Tite deixou claro que, na sua visão, o atacante ainda não conseguiu compreender o que é necessário para fazer sucesso no Corinthians. A aclamada técnica do jogador de 24 anos não é suficiente – e nem ela tem aparecido com frequência razoável.
“É absorver a trabalhar, não tem outra forma. É preciso ter a maturidade de enxergar o erro e saber a característica do Corinthians. Competir é fundamental, para depois aparecer o talento. Depois, essas bolas que estão batendo no pau vão entrar”, disse o técnico, fazendo, ainda que sem grande convicção, mais uma aposta no atleta: “Ele vai matar no peito, ouvir as orientações e nos ajudar bastante ainda”.
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