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Foram tantos os atletas atrasados ao treinamento do Corinthians desta sexta-feira que o técnico Tite até se confundiu. “O Douglas não se atrasou? Perdão, Douglas”, disse o gaúcho, incluindo erroneamente o meia na relação que já tinha o lateral direito Alessandro, o recém-chegado zagueiro Cleber, o armador Renato Augusto e o atacante Romarinho. O centroavante Paolo Guerrero nem sequer apareceu no CT Joaquim Grava.
Os atrasos de Alessandro, Cleber e Renato Augusto foram irrelevantes se comparados ao de Romarinho. O trio chegou ao CT cerca de dez minutos após o horário combinado, enquanto o atacante demorou mais de uma hora e nem conseguiu participar da atividade com bola realizada pelo time. Todos culparam um grave acidente na Avenida Aricanduva, na Zona Leste de São Paulo, pela indisciplina. Já Guerrero bateu o seu automóvel e precisou ir a uma delegacia para registrar Boletim de Ocorrência.
“Sei que houve congestionamento por causa do acidente na Aricanduva. Ainda estamos aguardando maiores informações sobre o Guerrero, que teve um problema. Preciso ter bom senso quando inconvenientes como esses acontecem”, relevou Tite. “Gosto de disciplina, sim, mas com bom senso”, reforçou.
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Apesar de os atrasos e a ausência desta tarde terem atrapalhado o penúltimo treinamento do Corinthians para o clássico com o São Paulo, Tite não inovará na escalação da sua equipe. Romarinho e Guerrero serão titulares no domingo, no Pacaembu, graças ao alardeado “bom senso” do treinador.
“É normal que aconteça um engarrafamento. Essas coisas acontecem. Todos os jogadores vão para a partida, até porque não são reincidentes. Tomamos mais cuidado de quem se atrasa rotineiramente”, comentou Tite, certamente com Emerson (que chegou no horário combinado desta vez) em mente.
Assim como costuma ocorrer com o Sheik, os atrasados do Corinthians terão de pagar a chamada “caixinha”. Tite fez questão de ressalvar que não se trata de uma multa formal, porém meramente protocolar. “É uma regra que adotamos faz tempo. Podem chamar como quiser”, sorriu o treinador, que já tomou atitudes mais drásticas nesta temporada – Jorge Henrique, por exemplo, precisou se transferir para o Internacional depois de inventar uma justificativa para uma falta. “Mas a gente precisa ter a noção exata das coisas. Garanto que o poder e o lado ditador não me fascinam.”
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A defesa rasgada aos seus atletas, no entanto, não fez Tite deixar de lamentar os incidentes por um breve momento. “É claro que a intensidade da preparação para um clássico conta. Em um grande clube, não há tranquilidade em semana de jogos como esse. Se houver, alguma coisa está errada”, concluiu, com uma tranquilidade invejável ao seu colega Paulo Autuori, do São Paulo.
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