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O volante Tinga criticou a punição imposta ao Real Garcilaso, do Peru, pelas ofensas racistas sofridas por ele na partida do dia 12 de fevereiro, no estádio de Huancayo, pela Copa Libertadores. Para o jogador do Cruzeiro, a multa (de US$ 12 mil) poderia ter sido substituída por uma medida socioeducativa.
"Se eles optaram pela pena financeira, é sinal de que concordaram que houve alguma coisa errada. Não seriam os 12 mil dólares ou se fossem 1 milhão ou 2 bilhões que fariam a diferença. Essas punições têm que ser melhores estudadas. A melhor maneira seria envolver o clube em alguma questão social por aquilo que aconteceu ou fazer o clube usar durante certas partidas uma camisa com alguns dizeres contra a violência. Acho que isso seria muito mais impactante", disse comentou o jogador.
Tinga ainda sugeriu que a Conmebol se espelhasse em punição utilizada com sucesso no Campeonato Turco. "Outra opção seria permitir nos jogos seguintes somente a presença de mulheres e crianças no estádio. Falta um pouco mais de criatividade para formular punições mais educativas que deixem um legado, que possibilitam um crescimento a todos como seres humanos."
Coincidentemente, nesta segunda-feira, dia em que a Conmebol anunciou a punição ao Garcilaso, Tinga lançou, em Porto Alegre, o Projeto Chutando o Preconceito, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa) do Rio Grande do Sul. "O Cruzeiro apoia as iniciativas do jogador Tinga, que sempre honrou da melhor maneira possível e com extremo profissionalismo a camisa do clube", apontou a diretoria, em nota.
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