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O Corinthians que não marca gols nem consegue vencer foi além neste domingo. Guerrero errou pênalti e percebeu que um centroavante que quase esteve no Timão há dois anos teve tarde mais decisiva: com três gols de Gilberto, a Portuguesa goleou o atual campeão mundial por 4 a 0 em Campo Grande (MS).
A capital sul-mato-grossense sugeriu que a Lusa ‘vendesse’ seu mando para atrair a torcida corintiana, o que realmente ocorreu no estádio Morenão, mas os fãs alvinegros viram de perto uma atuação vergonhosa, e um deles até atirou uma garrafa de plástico no assistente após anular dois gols em dois minutos.
O centroavante marcou aos sete, aos 12 e aos 32, sempre se aproveitando da marcação quase inexistente do Corinthians. Na frente, aos 20, Guerrero cobrou pênalti bisonhamente para defesa do goleiro Lauro. Tite, atônito, nem abria a boca no banco de reservas. No intervalo, já tinha queimado suas três substituições, atuando sem ninguém como volante no segundo tempo. Mas teve Gil expulso aos 20 minutos e levou o quarto gol, de Wanderson, aos 34.
Com o resultado, a Portuguesa passou do Corinthians na classificação do Campeonato Brasileiro, atingindo 31 pontos, mesma pontuação do Timão, mas à frente nos critérios de desempate. Na próxima rodada, a Lusa enfrenta o líder Cruzeiro em Belo Horizonte, às 19h30, na quarta-feira. No mesmo dia, às 21h50, o Corinthians cumpre punição do STJD ao receber o Bahia em Mogi Mirim.
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O jogo
Tite costuma realizar treinos táticos sem adversário, e seu time realmente pareceu esquecer da necessidade de marcar o rival nesta tarde. De tão preocupado em voltar a marcar gols, nesta tarde com Emerson Sheik, Douglas e Romarinho na linha para levar a bola a Guerrero, o Corinthians pareceu ter se inspirado em Ibson, também em campo, ao não acompanhar ninguém da Portuguesa.
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A Lusa, sem Guto Ferreira, suspenso, nem no estádio, pôde trabalhar a bola à vontade. Logo posicionou o meia Souza para trabalhar em cima ou nas costas de Edenilson, com Correa, volante escalado na lateral direita, fazendo o mesmo com Igor. Completamente livres, Moisés e Bruno Henrique se mexiam para dar a bola aos dois, com Bergson solto e Gilberto aparecendo tranquilamente entre os zagueiros.
Enquanto o Timão achava que jogava sozinho, Correa lançou Bruno Henrique, que prendeu a bola até devolver de calcanhar para o ex-jogador do Palmeiras, desmarcado, cruzar na pequena área. Quando Edenilson lembrou que precisava perseguir um rival, já era tarde demais: Gilberto venceu pelo alto na pequena área para abrir o placar aos sete minutos.
Tite parecia um de seus comandados, com a diferença de que estava sentado no banco. Mas sem abrir a boca, limitando-se a olhar o jogo, atônico, com a mão esquerda no queixo. Seus jogadores fizeram o mesmo, novamente ignorando Correa, que cruzou de novo para Gilberto se dar ao luxo de furar e só desviar com o joelho direito para fazer 2 a 0, aos 12 minutos.
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Na base da raça, indo à frente para mostrar disposição à torcida que compareceu em bom número ao estádio Morenão, o Corinthians conseguiu ir ao ataque e teve sua chance em pênalti que Emerson Sheik sofreu de Moisés Moura, aos 17 minutos. Mas Guerrero passou vergonha, cobrando fraco e facilitando para Lauro, que defendeu sem nem dar rebote.
Tite, então, resolveu se mexer, trocando Ibson, o mais inútil entre tantos atletas que vestiam branco e nem viram a cor da bola nesta tarde, por Danilo, aos 29 minutos do primeiro tempo. No minuto seguinte, Cásio fez milagre ao evitar que uma cobrança de falta de Corrêa entrasse em seu ângulo direito.
Dois minutos depois, o Timão foi tão à frente que pagou caro de novo. Com a precisao que nenhum corintiano teve neste domingo, Moisés lançou da intermediária defensiva para Gilberto vencer seus marcadores na corrida desde o meio-campo, driblar Cásio e balançar as redes.
Entre chutes bisonhos de Guerrero, o Corinthians não mostrava força para reagir. Tite queimou suas duas últimas alterações trocando o lateral esquerdo Igor e o zagueiro Paulo André pelo volante Jocinei e o atacante Alexandre Pato, armando um time sem ninguém jogando como volante, já que Ralf virou zagueiro e Jocinei era lateral esquerdo.
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A força ofensiva apareceu, mas ambos anulados por impedimento – Emerson Sheik e Guerrero, que ajeitou para Pato no segundo lance. A evolução alvinegra, porém, parou em Gil, que tentou acertar Bergson usando os dois cotovelos e foi expulso aos 20 minutos do segundo tempo. Era o fim do último respiro corintiano no calor de Campo Grande.
Gilberto já tinha sido trocado por Wanderson, e seu substituto foi o responsável pelo golpe final. Passando por trás da zaga, o atacante também driblou Cássio, melhor jogador do último Mundial de Clubes, antes de transformar a vitória lusitana em goleada, aos 34 minutos do segundo tempo
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