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“O que mudou é que essa diretoria que assumiu está sempre mais presente no clube. Eu acho que isso é fundamental. Quando uma diretoria não acompanha de perto o dia-a-dia, é complicado"
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A diretoria do Santos que encerrou seu mandato em dezembro do ano passado e não conseguiu eleger seu candidato para a sucessão de Odílio Rodrigues parece não ter deixado saudades no clube, principalmente entre os jogadores.Já nos últimos meses de 2014, os atletas não escondiam o descontentamento com os salários atrasados e a falta de satisfação do ex-presidente e seus diretores.
O atacante Thiago Ribeiro, após o último jogo do time na temporada 2014, contra o Vitória, no Barradão, reclamou publicamente do ‘sumiço’ de Odílio Rodrigues. Agora, porém, com Modesto Roma Jr no comando do clube e uma coordenação do futebol formada por novos membros, o atacante voltou a falar sobre o assunto.
“O que mudou é que essa diretoria que assumiu está sempre mais presente no clube. Eu acho que isso é fundamental. Quando uma diretoria não acompanha de perto o dia-a-dia, é complicado. E na gestão passada, eu mesmo via pouco os diretores aqui no dia-a-dia. Um ou outro você acabava encontrando. Isso é ruim. Em um momento complicado que a gente estava passando, com atraso de salários, época de eleição...”, explicou o atacante, antes de completar. “Eu já percebi que essa diretoria vem cumprindo o que prometeu e o principal: estão acompanhando treinamentos, jogos. Isso, para um clube importante como o Santos, é fundamental, para os jogadores sentirem que está todo mundo junto, ali. Isso dá força e motivação em busca dos objetivos”, disse.
Dentro de campo, Thiago Ribeiro também fez questão de salientar que a vitória por 3 a 0 em cima do Ituano na estreia do Campeonato Paulista aconteceu do jeito que a equipe esperava. O jogador garante que não existe desconfiança interna no elenco em função da turbulenta pré-temporada ou por causa da saída de jogadores importantes. “A gente imaginava começar bem, a gente imaginava começar vencendo, jogando na Vila. Jogamos contra o atual campeão, esperávamos um jogo difícil e foi difícil. O Ituano tem boa equipe, mas começamos fazendo o que tínhamos em mente, vencer jogando bem, mesmo sendo o primeiro jogo”, ressaltou o camisa 11.
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O fato de o Santos não ter contratado na mesma quantidade que seus principais rivais e ter apostado em jogadores menos valorizados e sem contrato no mercado também não abala a confiança de Thiago Ribeiro, que começa o ano mais uma vez como titular na preferência do técnico Enderson Moreira. “As pessoas que analisam, colocam o Santos como última opção de título, mas a gente sabe como muda muito daqui a pouco. O Santos começa a ganhar e vão colocar como favorito. A opinião muda muito rápido. Então, a gente independente de ser zebra ou favorito, não pode se deixar levar pelas opiniões dos outros. Temos que ter a nossa convicção e saber que temos condição de conseguir o título”, cravou o jogador.
Grande parte desta desconfiança é causada pelas opções que o time adquiriu com sua lista de reforços. Renato, Elano, Ricardo Oliveira são vistos como peças chaves pelo grupo, mas a idade avançada dos ídolos santistas geram dúvidas sobre o desempenho que eles podem oferecer e como o time vai se comportar. Porém, para Thiago Ribeiro, que completa 29 anos no fim deste mês, isso é o que menos importa. “Quando olho futebol, não olho idade. Olho o futebol jogado no campo. Sendo bem jogado, não importa se o jogador tem 38, 40 ou se tem 15 anos. Serve para os dois lados. Às vezes, fala-se muito de idade no Brasil. Tem uma discriminação”, avaliou.
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Nesta quarta-feira, Thiago Ribeiro deve formar o trio ofensivo do Peixe ao lado de Robinho e Geuvânio no duelo contra o Mogi Mirim, as 22 horas (de Brasília), no estádio Romildo Ferreira, pela 2ª rodada do Paulistão. Na estreia, o Sapo também conquistou três pontos, mas atuando fora de casa, ao fazer 1 a 0 no XV de Piracicaba.