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Garantindo ter mudado hábitos pessoais para afastar seu nome de polêmicas, Emerson admite querer aproveitar ao máximo todos os momentos nesta fase final da carreira. Mesmo com 36 anos de idade, o atacante se sente “muito bem com 27, 28” e se mostrou orgulhoso por saber que é exemplo para muitos jovens que almejam defender o preto e branco no gramado. Apesar da importância, Sheik, que foi decisivo para a conquista da Copa Libertadores em 2012, não se vê como um dos maiores jogadores da história do clube.
“Estou tentando repetir o que fiz, falar menos e jogar mais”, avisou. “Me sinto muito bem, com 27 ou 28 anos em campo. Este é um momento que estou desfrutando muito da minha profissão. Tenho compromisso, comprometimento e responsabilidade. Mas estou desfrutando de tudo. Venho para o clube e fico cuidando dos campos, pensando que daqui a um tempo não vou estar mais. Estou muito feliz dentro e fora de campo, conseguindo aproveitar tudo que conquistei nestes vinte e poucos anos de bola”, declarou em entrevista à Rede Globo.
Fundamental na conquista invicta – e inédita – da Copa Libertadores pelo Timão, em 2012, ao fazer os dois gols da final no Pacaembu, Emerson não se enxerga entre os maiores jogadores da história do clube. “Não é humildade ao extremo não, mas eu fico até com vergonha. Tantos grandes passaram por esse clube maravilhoso, que eu nunca pensei em ser considerado um dos maiores. De 2012 para cá, eu ainda me sinto sem jeito de ser abordado na rua. Individualizar uma conquista tão grande como essa não dá”, comentou.
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Questionado sobre as diferenças entre o elenco que venceu a Libertadores e o Mundial, há três anos, e o plantel atual do Corinthians, o atacante enxerga que um caminho parecido está sendo trilhado gradativamente. “Aquela equipe, tão boa quanto essa, ganhou tudo. Essa está no mesmo caminho. Eu acho que o torcedor corintiano pode ter esperanças neste ano, porque o trabalho está sendo feito de uma forma muito intensa e acho que o caminho está legal”, ponderou.
Exemplo para os mais jovens, Sheik foi motivo de elogios até para o auxiliar técnico de Tite, Fábio Carille, que admitiu não ter motivos para questionar o desempenho do camisa 11. “Conheço bem o Emerson, trabalhei com ele todo o período dele aqui. Ele está dando uma resposta que muitos não esperavam dentro de campo. Está dando quase nada de trabalho. Eu, pelo menos, não posso falar nada dele. A gente tem um pouquinho de medo, pela idade e pelo ano passado não ter sido bom, mas a resposta está sendo muito boa”, valorizou.