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Aos 43 anos, Marcelo Fernandes vive sua primeira véspera de clássico decisivo desde que foi efetivado como técnico do Santos. Em meio a pressão por uma vitória no confronto deste domingo, contra o São Paulo, que levaria o Peixe à sétima decisão de Campeonato Paulista consecutiva, o comandante não quer saber de rótulos, superstições ou dados estatísticos e pede foco total no duelo marcado para às 18h30, na Vila Belmiro. Uma nova eliminação Tricolor para o alvinegro praiano representaria a quarta queda em semifinais de Paulistas nos últimos seis anos.
"Favorito? não tem essa. Não tem favoritismo. Já vi time desacreditado ganhar. Aqui no Santos todos sabem que vai ser um jogo difícil", disse, antes de também ignorar o domínio de sua equipe no último San-São, ainda na primeira fase do Estadual, que acabou, porém, em empate sem gols. "Não tem nada a ver o primeiro turno".
Questionado, então, sobre a vantagem de ter atuado com um time praticamente todo reserva na quarta-feira, contra o Londrina, em São José dos Campos, enquanto o Tricolor do Morumbi enfrentou uma verdadeira batalha no Uruguai, pela Libertadores da América, Marcelo Fernandes novamente deu de ombros para a situação.
"Não tem essa de quem está mais descansado. A escolha nossa foi feita preservando os atletas para não ter nada de pior. Acho que acertamos. Quanto ao clássico, não é vantagem. Clássico é um jogo atípico, não tem essa de ‘cansado, descansado’. Quem estiver mais ligado vai conseguir a vitória", opinou, no tom de ‘cada um com seus problemas’.
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"Eles devem estar fazendo o planejamento deles. Não posso falar disso. Não vejo vantagem do Santos. Vejo o Santos pronto, com garra e disposição para o jogo de domingo", completou.
O discurso do técnico santista só muda no momento de analisar a condição de sua equipe para a semifinal. Marcelo Fernandes não esconde o otimismo e passa confiança aos seus comandados.
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"Santos está preparado. Analiso o Santos muito bem. É a hora do 'vamos ver' e o Santos está preparado para isso", mandou o recado.
Outro fator que empolga o comandante alvinegro é o fato de ter o apoio da maioria nas arquibancadas no duelo único que vai definir o adversário de Corinthians ou Palmeiras na final.
"A casa do Santos é a Vila. O Pacaembu é bem-vindo, já fomos campeões lá. Mas, se podemos jogar dentro de nossa casa, é mais viável. O momento nos favorece. A torcida (do Santos) de São Paulo vem para cá. Pegar o São Paulo na Vila, o torcedor sabe que é melhor. Nada contra o Pacaembu. Mas a Vila vai fazer a diferença", cravou, ciente de que a pressão no Alçapão pode ser crucial, principalmente em um clássico que o empate não é favorável a ninguém e leva tudo à decisão nos pênaltis.
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