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Suíça abre investigação sobre Valcke no caso de venda ilegal de ingressos

Na última quinta-feira (17), Valcke foi afastado do cargo de secretário-geral da Fifa após a entidade tomar conhecimento de uma série de denúncias

Publicado em 23/09/2015 às 16:26

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O Ministério Público da Suíça anunciou nesta quarta (23) que requisitou à Fifa todas as contas de e-mails do secretário-geral da entidade, Jerôme Valcke, acusado de ligação com um esquema de venda ilegal de ingressos.

"Posso confirmar que queremos ter acesso a essas contas de e-mail seladas. Até agora, a Fifa não atendeu nosso pedido", disse André Marty, porta-voz de Michael Lauber, procurador federal suíço.

Na última quinta-feira (17), Valcke foi afastado do cargo de secretário-geral da Fifa após a entidade tomar conhecimento de uma série de denúncias de que ele estava envolvido em um esquema de venda de ingressos na Copa do Mundo.

As informações foram reveladas por um grupo de jornalistas internacionais. Na quinta-feira (17), o empresário Benny Alon afirmou na Suíça que o dirigente ficava com parte do dinheiro de ingressos da Copa de 2014 revendido com ágio.

O empresário, porém, não apresentou provas de que Valcke realmente lucrou com entradas do Mundial. O dirigente da Fifa nega qualquer irregularidade.

O acordo garantia ingressos para os 12 melhores jogadores do torneio, assim como para os 12 piores (Foto: Divulgação)

Alon é sócio da JB Sports & Marketing, que tinha um contrato para fornecimento de ingressos da Copa com a Fifa.

Ele afirmou que fez um acordo com Valcke para vender os ingressos do Mundial com ágio de 200% no mercado negro. Em troca, segundo o empresário, a JB Sports e Valcke dividiriam os lucros meio a meio.

De acordo com o "The Guardian", a JB Sports tinha envolvimento com a Fifa desde a Copa do Mundo de 1990, na Itália, e assinou um contrato em 2010 para vender 8.750 ingressos para o Mundial do Brasil, em 2014. O acordo garantia ingressos para os 12 melhores jogadores do torneio, assim como para os 12 piores.

O secretário-geral da Fifa já estava sob pressão por causa de uma carta que mostra que ele recebeu o pedido de repasse de US$ 10 milhões (R$ 39 milhões) autoridades americanas alegam ser propina de esquema de corrupção no futebol.

Na sexta-feira (18), a Associated Press mostrou que Valcke negociava uma rescisão milionária com a entidade. Ele negociava a rescisão porque tinha mais três anos de contrato. Segundo a agência, o francês tem se esforçado há algum tempo para sair da entidade.

Em julho, Valcke disse que, provavelmente, deixaria o seu cargo logo após a eleição para a presidência da Fifa, marcada para o dia 26 de fevereiro.

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