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Em meio ao escândalo de corrupção que levou à prisão o ex-presidente José Maria Marin e colocou os contratos assinados pela CBF na mira da Justiça, Marco Polo Del Nero prepara um Código de Ética para a entidade. O documento fará parte do estatuto da CBF e tem por objetivo reger o comportamento e a conduta dos seus dirigentes.
O texto do Código de Ética está sendo preparado pela empresa de consultoria Ernst & Young e deverá ser apresentado nos próximos dias. "Contratamos uma empresa para fazer esse trabalho. A estrutura de governança da CBF, risco e conformidades está passando por um processo de reengenharia", explicou o secretário-geral Walter Feldman.
Marin foi preso na Suíça no dia 27 de maio acusado de ter cometido vários crimes, entre eles o de receber propina nas negociações de contratos da Copa América e da Copa do Brasil, competição organizada pela CBF. Del Nero foi vice de Marin de 2012 a 2015 e admitiu na terça-feira, durante sabatina na Câmara dos Deputados, que participou da negociação de alguns contratos.
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Acuada e alvo de uma CPI que será instalada no Senado, a CBF tem se esforçado nos últimos dias para mostrar transparência e já está revisando todos os seus contratos. Segundo Feldman, no entanto, a ideia de instituir um Código de Ética no estatuto da entidade surgiu antes da prisão de Marin.
"Assinamos o contrato com a Ernst & Young no dia 22 de maio, portanto antes de qualquer fato. Desde o primeiro dia de mandato no discurso de posse, o Marco Polo nos orientou a estudar todos os mecanismos de modernização da CBF. Não estamos na esteira dos acontecimentos. É claro que eles precisam ser respondidos, mas nós já tínhamos adotado a linha de implantar uma nova governança na CBF", justificou Feldman.
Na segunda-feira, durante reunião na sede da CBF com presidentes dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, Del Nero anunciou o Código de Ética, entre outras mudanças no estatuto como mandato de quatro anos, com possibilidade de uma apenas reeleição. O objetivo do dirigente é que os clubes e federações sigam o exemplo da CBF. "Vamos sugerir que todos também tenham seus Códigos de Ética", disse Feldman.
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