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A pré-temporada reduzida pelo título da Copa Sul-americana e a maratona de jogos importantes do início de 2013 não deixam Ney Franco se dar ao luxo de fazer experiências no São Paulo. Precisando de resultados, o treinador reluta em mudar o esquema tático campeão e aposta no substituto de Lucas na ano passado para brilhar na temporada: Douglas.
Contratado junto ao Goiás no dia 11 de fevereiro de 2012, o lateral direito teve de superar uma lesão no púbis e a desconfiança da torcida depois de anos sem um jogador de destaque na posição para ganhar espaço no Tricolor. Com dificuldades na marcação, agravadas pelas subidas do canhoto Bruno Cortez, o jogador perdeu vaga para o zagueiro Paulo Miranda e teve de se adaptar para reconquistar a confiança do técnico.
Com as constantes convocações de Lucas para a Seleção Brasileira, Douglas surgiu como a grande alternativa para manter o 4-2-3-1 e as jogadas agudas pela ponta direita. Nas oportunidades que recebeu, como na vitória por 2 a 0 contra o Vasco da Gama em São Januário, mostrou facilidade para apoiar o ataque e recompor a defesa. O suficiente para ganhar a posição na linha de três do time titular.
“Ele é o jogador que fez melhor essa função e eu não quis mudar o esquema, utilizado pela maioria do futebol mundial. Acho que ele pode se ajustar mais ainda e ele pode ser um dos melhores para jogar nessa posição. Ele chega bem na linha de fundo, cruza bem, finaliza e recompõe muito por ter sido lateral direito, estamos descobrindo um jogador que pode ser a grande novidade no futebol brasileiro”, destacou.
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Apoiado no retrospecto de Douglas na posição, Ney Franco se empolga com o pupilo e confia na evolução do jogador de 22 anos. O poder defensivo do ala desbancou o centroavante Aloísio, utilizado na goleada por 5 a 0 no Bolívar. Já no jogo de volta, quando o time precisou de maior força defensiva, Douglas logo retomou a vaga.
E contra o poderoso ataque do Atlético-MG, ele surge novamente como a principal opção pela dupla função em campo. “Começando por esse jogo contra o Galo, ele pode demonstrar isso e ele pode ser um diferencial. Passadas as experiências, agora temos que colocar o melhor, porque na Libertadores não dá para fazer testes. Tenho certeza de que ele vai chegar bem para essa partida”, cravou o comandante são-paulino.
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Deixando claro que não há tempo para mudar o esquema tático, Ney Franco abriu uma possibilidade para jogos no Morumbi em que o time precise pressionar o adversário. “Posso usar o Jadson mais recuado no lugar de um dos volantes, como o Maicon fez contra o Guarani”, afirmou o técnico, deixando Paulo Henrique Ganso otimista para ganhar espaço na armação das jogadas.