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Sem clima no São Paulo, Ganso pode voltar ao Santos por intermédio do Grupo DIS

A princípio, o acordo por empréstimo teria custo zero e valeria à partir do Campeonato Brasileiro. O salário de R$ 300 mil mensais seria pago pelos dois rivais, em partes iguais

Publicado em 06/04/2015 às 21:47

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A traumática saída de Paulo Henrique Ganso do Santos rumo ao rival São Paulo, em setembro de 2012, ficou no passado. Pelo menos é o que entendem ambos os clubes e o grupo DIS, responsáveis pela polêmica transferência do ‘Menino da Vila’ ao Morumbi.

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Após pouco menos de três temporadas no Tricolor, Ganso já é visto como um jogador sem clima no clube. Suas atuações abaixo das expectativas já geram muita irritação entre os torcedores. Internamente, a saída de Muricy Ramalho do comando técnico também foi uma grande perda para o meia. A relação com Milton Cruz, auxiliar permanente e treinador interino por ora, não é boa, assim como o contato com membros da diretoria. O São Paulo pretende agir silenciosamente, mas negociar o jogador virou uma prioridade.

E a alternativa mais viável, no momento, pode ser o retorno de Ganso ao clube que o revelou para o futebol. O maior interessado em um eventual acordo é o grupo DIS, dono de 68% dos direitos econômicos do camisa 10. A princípio, o acordo por empréstimo teria custo zero e valeria à partir do Campeonato Brasileiro. O salário de R$ 300 mil mensais seria pago pelos dois rivais, em partes iguais.

O vínculo de Ganso com o Tricolor do Morumbi é de cinco anos e a intenção é valorizar o atleta para encontrar um comprador europeu. O desejo de imigrar ao Velho Continente também é assumido pelo meia, que se considera o melhor em sua posição no Brasil, mas, diferente de outras épocas, agora aceita buscar uma chance em clubes de segundo escalão da Europa.

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Apesar de não ter feito oferta e nem mesmo ter se reunido com dirigentes são-paulinos ainda, o Santos enxerga o negócio com bons olhos. Além do ganho técnico para a equipe, Modesto Roma Jr tem um bom relacionamento com Ganso, que nunca negou seu desejo de um dia voltar a vestir a camisa santista.

Paulo Henrique Ganso poderá voltar a vestir a camisa do Alvinegro Praiano (Foto: Daniel Guimarães/Frame/Estadão Conteúdo)

Tanto para a atual diretoria quanto para o jogador, as divergências e desafetos que marcaram a saída do meia do Peixe são restritas ao ex-presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro e a cúpula alvinegra que estava à frente do clube à época. Além disso, o custo mensal de R$ 150 mil estaria abaixo do novo teto estabelecido pelo atual mandatário, que é de salários até R$ 200 mil.

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Ainda embrionárias, as tratativas devem evoluir até o início do Campeonato Brasileiro. Representantes do grupo DIS vão intermediar as conversas até que se chegue a um estágio mais próximo de um acordo. Afinal, apesar da abertura da dupla San-São, o principal interessado são os investidores, que ainda sonham em lucrar com uma grande venda de seu promissor cliente de 25 anos.

Entalado

Trazer Ganso de volta não seria apenas uma questão financeira para o Santos. Reconciliar o jogador com a torcida do Peixe, talvez, se transforme a principal tarefa do clube, caso o acordo se concretize.

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As polêmicas declarações do atleta quando ainda defendia o alvinegro praiano, muitas vezes citando a grandeza do rival e pontuando as questões financeiras fizeram com que muitos fãs perdessem o encanto pelo meia, que surgiu em 2008, ao lado de Neymar, e conquistou o Brasil em pouco tempo.

No Santos, Ganso levou três campeonatos Paulistas (2010, 2011, 2012), uma Copa do Brasil (2010), uma Recopa Sul-Americana (2012) e uma Libertadores da América (2011). Nada disso, porém, evitou que o jogador sofresse com a fúria da torcida, que até hoje atira moedas no campo quando revê o ex-Menino da Vila.

A gota d’água aconteceu no confronto diante do Bahia, pelo Brasileirão de 2012. A derrota por 3 a 1 na Vila Belmiro com uma atuação irreconhecível e até mesmo displicente do meia resultou em protestos e pichações de sua imagem – que viria a ser apagada definitivamente posteriormente - no muro do CT Rei Pelé.

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Para acertar a compra, o São Paulo, que era dirigido por Juvenal Juvêncio, pagou R$ 23,9 milhões para adquirir o percentual de 45% que o Santos detinha do jogador. O clube alvinegro ainda conseguiu impor cláusula de uma comissão de 5% do valor de uma futura transferência.

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