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A Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama (CBHG) decidiu inovar na busca por um novo treinador para a seleção feminina da modalidade, que não conseguiu se classificar para os Pan-Americanos e, consequentemente, não tem mais chance de estar nos Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem. A entidade está anunciando pelo Facebook que está em busca de um novo profissional. Os candidatos devem enviar currículo e pretensão salarial por e-mail, até 15 de junho.
O hóquei sobre a grama é provavelmente a modalidade olímpica menos desenvolvida no País. Até hoje, só participou dos Jogos Pan-Americanos uma vez, em 2007, por convite. Na ocasião, tanto a seleção masculina quanto a feminina foram goleadas em todos os jogos. Em todo o País só existem quatro equipes adultas femininas permanentes: Desterro, Florianópolis (ambas de Santa Catarina), Macau (São Paulo) e Carioca (Rio).
A Federação Internacional de Hóquei (IHF) condicionou o convite para os Jogos Olímpicos do Rio ao Brasil fechar o ano de 2014 entre as 40 melhores do ranking mundial, o que a seleção não alcançou. Havia também a possibilidade de o Brasil ficar entre os sete primeiros do Pan, mas a equipe não se classificou para ir a Toronto.
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"A CBHG está à procura de um profissional organizado e motivado, com ampla experiência no treinamento de atletas e equipes de hóquei de alto nível, para ocupar a vaga de treinador da seleção brasileira feminina que irá disputar o Pan American Challenge de 2015", escreve a CBHG, em documento disponibilizado em português inglês e espanhol.
Caso o formato de classificação para os Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2020, seja o mesmo adotado para o Pan de Toronto, o Brasil precisa ficar entre os dois primeiros do Pan American Challenge, em outubro deste ano, para seguir com chances de classificação. Se, assim como em 2011, não atingir a meta, já pode começar a planejar o Pan de 2024.
MASCULINO - Entre os homens, por enquanto nada muda. O técnico é o Cláudio Rocha, filho de Sydney Rocha, presidente da CBHG desde a criação da entidade, em 2011. O treinador recebe R$ 12 mil mensais, graças a um convênio entre a confederação e o ministério do esporte.
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No mês passado, a Agência Estado mostrou que o valor recebido por Cláudio é correspondente, na tabela de referência usada pelo COB, a um técnico "classe A", medalhista olímpico ou mundial. O treinador, porém, de acordo com seu currículo, se encaixa na "classe C", com faixa salarial de R$ 3 mil a R$ 5 mil.