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Mostrando-se presente mesmo à quilômetros de distância, como já deixou claro ao comparecer às votações prévias pela separação territorial da Catalunha, Josep Guardiola polemizou em sua última entrevista ao afirmar que, se houvesse um Estado catalão já formado, teria preferido atuar pela seleção catalã do que pela espanhola.
Em entrevista ao jornal Ganaremos, Guardiola não escondeu sua predileção pela causa separatista da Catalunha, já que iniciou sua carreira como técnico no Barcelona e, além do mais, é natural de Santpedor, província catalã. “Se alguém se incomoda por minha participação nesse processo, problema dele”, declarou o treinador do Bayern de Munique, abraçando a questão.
Apesar de ter disputados os Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, pela seleção da Espanha, além da Copa do Mundo de 1994 e da Eurocopa de 2000, Pep Guardiola deixou claro que, se pudesse, teria optado pela outra ‘pátria’, ainda não reconhecida oficialmente como território autônomo. O técnico chegou a ter seu posicionamento questionado até pelo ministro Fernández-Diáz, mas não deu maior importância.
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“Se tivesse existido um Estado catalão eu teria jogado com a seleção da Catalunha porque sou de Santpedor, mas naquele momento isso ainda não era viável. A seleção da Espanha estava me convocando e fiquei encantando em desempenhar o meu jogo no mais alto nível”, ponderou o treinador, atual bicampeão alemão pelo Bayern de Munique.
A causa separatista da Catalunha, assim como do País Basco, desperta muitas discussões em âmbito nacional ao serem consideradas questões políticas e socioeconômicas. O debate não está nem perto de uma conclusão mais assertiva, e, enquanto isso, manifestações em ambas as frentes se tornam comuns. O Barcelona, inclusive, chegou até a ser multado por seus torcedores estenderem bandeiras da Catalunha na Supercopa da Europa, recentemente.
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