Esportes

São Paulo rebate Andrés: “50 mil pagando R$ 17 batem 10 mil a R$ 60”

O gerente de marketing do clube considera que a diretoria desmentiu uma tradicional acusação dos adversários com a medida

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/12/2013 às 20:02

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Há um mês, em seminário sobre o desenvolvimento do futebol nacional, Andrés Sanchez disse que o São Paulo “fez mal ao futebol” ao vender ingressos a R$ 2. Nesta terça-feira, o Tricolor respondeu em seminário para discussão de gestão de arenas: Gilberto Ratto, gerente de marketing do clube do Morumbi, apontou economicamente como a estratégia de entradas mais baratas é viável.

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“O trabalho em campo não está bom e vamos cobrar caro?! Fizemos uma conta simples: 10 mil que criticam pagando R$ 50 valem menos do que 50 mil pagando, em média, R$ 17”, disse Ratto, mostrando que, no modelo anterior, a renda não passaria de R$ 800 mil, enquanto no modelo de bilhete mais barato atinge R$ 850 mil. “É pipoca, sorvete, água e camisa vendem muito mais no jogo com 50 mil pessoas. O faturamento é maior.”

O dirigente são-paulino tinha o ex-presidente do Corinthians como alvo. “O Andrés não entendeu, mas estou aqui para ajudá-lo a entender”, sorriu, antes de, no fim de sua participação no seminário, tentar aliviar nas suas palavras. “O Andrés é um grande amigo meu. Depois que fez a crítica, fez uma errata. Ele já está sabendo de tudo que estou dizendo agora”, garantiu.

Andrés Sanchez disse que o São Paulo “fez mal ao futebol” ao vender ingressos a R$ 2 (Foto: Divulgação/SPFC)

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A estratégia que o corintiano criticou é contada como trunfo no Morumbi. Ratto destacou “coragem” do presidente Juvenal Juvêncio com a redução dos ingressos para evitar o rebaixamento. “Em um momento de crise, com 50 mil malucos e bravos, você pode trazer problema para dentro de casa”, apontou.

O gerente de marketing considera que a diretoria desmentiu uma tradicional acusação dos adversários com a medida. “Falam que o São Paulo é arrogante, mas, antes do final d primeiro turno, assumimos que tínhamos uma chance grave de cair. Isso é humildade”, apontou.

O marketing são-paulino se sente um dos responsáveis pelo fim do risco de queda para a Série B. “O Rogério Ceni falou que a torcida carregou o time no colo. Tudo isso foi possível pelo pacote e a campanha emocional que criamos. Avisamos: ‘torcida, precisamos de vocês’”, afirmou Ratto, enaltecendo até a estratégia de divulgação da promoção para aumentar o número de sócios-torcedores.

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“Com o time na zona de rebaixamento, aumenta a inadimplência do sócio-torcedor. Então jogamos os ingressos para sócio-torcedor para R$ 2 sabendo que só falariam disso. Serviu até para atrair mais sócios-torcedores. Mas a média do ticket é de R$ 17. Esse valor somado a 50 mil pessoas, para nós, é alto para caramba”, ressaltou.

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