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São Paulo pretende explorar Lúcio como espelho para jovens da base

Diretoria do time tricolor acredita que a experiência do zagueiro pode ser útil não apenas dentro de campo.

Publicado em 20/12/2012 às 13:56

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Não só dentro de campo Lúcio poderá contribuir com o São Paulo. A diretoria espera que o zagueiro de 34 anos, campeão mundial com a Seleção Brasileira e exemplo profissional nos cinco clubes pelos quais passou – quatro deles na Europa –, possa servir de espelho para a formação dos jovens que sobem das categorias de base ao profissional.

"Temos sempre cinco ou seis jogadores vindos de Cotia. Esses bons exemplos, essas boas histórias, como o Lúcio, ajudam os garotos do ponto de vista não apenas técnico e físico, como também de administração de patrimônio, na relação com agentes, falsos amigos que rodeiam, aproveitadores que surgem na hora de fazer investimento", diz o diretor de futebol, Adalberto Baptista.

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Reforço foi apresentado pelo vice, João Paulo de Jesus Lopes, e o diretor de futebol, Adalberto Baptista. (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

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Religioso, o novo reforço são-paulino volta do futebol europeu depois de 12 anos, período em que defendeu Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, Inter de Milão e Juventus e nunca se envolveu em escândalos ou noitadas, virtude muito apreciada pelos dirigentes tricolores.

"A Europa me fez muito bem. Jogador brasileiro na Europa é taxado como baladeiro, sem responsabilidade, mas isso tem mudado bastante. Os brasileiros que lá atuam têm dado bons exemplos. E lá a gente aprende a ter mais disciplina, reponsabilidade, compromisso. São qualidades que te ajudam em qualquer lugar", comentou Lúcio, em sua apresentação oficial, no Morumbi.

É claro que a qualidade técnica é o primeiro requisito para ter sido contratado, mas o perfil de bom moço também contou – em recente entrevista, o presidente Juvenal Juvêncio destacou o bom caráter cruzeirense Montillo como, ao lado de seu potencial, uma das justificativas para tentar contratá-lo. O mesmo ocorreu com o caseiro e acanhado Paulo Henrique Ganso.

Antes de Lúcio e Ganso, os dirigentes costumavam destacar neste quesito o goleiro e capitão Rogério Ceni e o volante Fabrício. Dois bons exemplos, segundo eles, para influenciar positivamente a nova safra, que não coincidentemente revelou os talentos Wellington e Lucas. Tanto o volante quanto o meia-atacante são considerados "família".

"Dou muita importância à família", falou Lúcio, na quarta-feira. "Sempre tomo minhas decisões juntamente com minha família, meus filhos. Jogamos como um time. Aonde um vai, todo mundo vai. Já estão comigo no Brasil, em janeiro estarão em São Paulo. Para se ter uma vida profissional bem sucedida, é preciso ter um suporte familiar, e estou muito feliz de voltar a ficar perto dos meus parentes, da minha mãe e do meu pai".
 

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