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Uma das vagas na final da Copa Sul-americana é colombiana. Na chuvosa noite desta quarta-feira, o São Paulo jogou bem contra o Atlético Nacional e devolveu o placar de 1 a 0 no tempo regulamentar com gol de Paulo Henrique de Ganso, mas caiu nos pênaltis - já no início da madrugada de quinta - e deu ao rival a credencial para enfrentar Boca Juniors ou River Plate na decisão do torneio continental.
Depois de um primeiro tempo arrastado, com muita cera da equipe colombiana e poucas chances para os dois lados, o São Paulo voltou incisivo do intervalo e abriu o placar aos oito minutos, em cobrança de falta de Ganso sem desvio no meio da área. Daí em diante, a partida ficou aberta, mas as melhores oportunidades foram criadas pelo time brasileiro, que só não chegou à vantagem definitiva por conta do goleiro Franco Armani e da trave direita.
Igualado o placar agregado, a classificação teve que ser decidida nos pênaltis. De última hora, através de um notebook, Rogério Ceni assistiu à algumas cobranças de jogadores adversários. A cola, no entanto, não funcionou. Os visitantes iniciaram a disputa e converteram com Bocanegra. Na sequência, Alan Kardec (que havia começado a semifinal no banco) escorregou e chutou por cima. Segundo a cobrar, Rogério Ceni balançou a rede, mas Rafael Toloi também perdeu sua tentativa e permitiu que o Nacional, com Valencia, Cardona e Ruíz, passasse de fase.
Horas antes da partida, a chuva que caiu na capital paulista quase ameaçou a realização da semifinal e já prenunciava que talvez a noite não fosse tão boa. Funcionários do Morumbi precisaram usar rodo para tirar o excesso de água no gramado, e a energia sofreu duas quedas, a última delas a 15 minutos do horário marcado para o início do jogo. O clube agiu rápido, no entanto, e os refletores voltaram a ser acesos sem provocar atraso.
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Com bola rolando - sem qualquer poça no campo -, quem primeiramente arriscou foi o Nacional. Aos dois minutos, Bocanegra, que voltava da seleção colombiana, experimentou arremate da meia direita e mandou a bola muito alto, à esquerda de Rogério Ceni. A primeira finalização são-paulina também não demorou. Quatro minutos depois, foi a vez de Luis Fabiano bater de fora da área, sem perigo para Franco Armani.
O goleiro argentino do Nacional, que já havia sido protagonista de lance polêmico em Medellín ao cometer falta não assinalada em Alan Kardec fora da área - em carrinho que machucou o tornozelo direito do atacante, motivo pelo qual ele iniciou no banco de reservas nesta quarta-feira -, voltou a ser centro das reclamações. Desta vez por abusar da demora nas cobranças de tiro de meta. Ele recebeu cartão amarelo apenas no final do primeiro tempo, depois de muito chiarem os brasileiros.
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Apesar da cera, a reposição de bola da equipe colombiana era muito boa, pelo chão, ao contrário da saída de jogo do São Paulo, quase sempre com chutões para o ataque, devido à boa marcação adversária. O time brasileiro, porém, trocava passes com mais qualidade quando tinha a posse de bola. Como aos 16 minutos, quando Michel Bastos notou invasão de Luis Fabiano dentro da área, e o atacante obrigou Franco Armani a fazer uma difícil defesa, no canto esquerdo, para sua defesa completar o corte.
O Nacional apostava na habilidade de seu camisa 10, mas a pontaria de Cardona não estava das melhores. Depois de cobrar mal duas faltas rasteiras e cabecear uma bola por cima do travessão, ele perdeu a grande chance da primeira etapa ao ficar cara a cara com Rogério Ceni, aos 42 minutos, e arrematar em cima do goleiro, para alívio da torcida tricolor, que compareceu em bom número e pediu em vão para o ídolo cobrar uma falta (mal batida por Michel Bastos) e gritou contra a arbitragem também para exigir pênalti inexistente em Luis Fabiano.
As queixas com a arbitragem continuaram no intervalo, por conta do acréscimo de apenas um minuto. Mas, reiniciado o jogo, o São Paulo voltou a se focar em abrir o placar. Aos quatro minutos, Michel Bastos finalizou para fora, na rede. Dois minutos depois, após receber ótimo passe de Ganso por trás da defesa, o meio-campista ficou de frente para Franco Armani e desperdiçou chance incrível, chutando em cima do goleiro.
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Diante da ineficiência dos companheiros, Ganso resolveu por conta própria aos oito minutos. O meia cobrou falta da meia direita e, mesmo sem nenhum desvio na área, finalmente conseguiu vazar a meta colombiana, pondo fogo na partida. Só que as primeiras investidas depois do gol foram pelo alto, com cruzamentos que facilitaram o trabalho da retaguarda adversária e, aos poucos, deram ao Nacional tranquilidade para voltar também a atacar.
Com o jogo aberto e espaço para ambos os lados, o São Paulo teve duas excelentes oportunidades de ampliar a vantagem. Aos 24 minutos, Michel Bastos driblou Franco Armani e cruzou rasteiro para Kaká, de frente para a meta vazia, chutar na trave direita. No minuto seguinte, o goleiro do time colombiano espalmou finalização de Luis Fabiano no canto esquerdo baixo. O rebote voltaria para o atacante, porém Michel Bastos concluiu antes, para fora, e em condição irregular apontada pelo assistente.
Aos 33 minutos, o Nacional respondeu e quase empatou. Ruíz dominou na intermediária e finalizou rasteiro e firme. Rogério Ceni espalmou, mas soltou a bola e teve que contar com ajuda da defesa para evitar que o rebote fosse aproveitado. Foi depois disso a primeira substituição de Muricy Ramalho no São Paulo, sacando Kaká para dar lugar a Alan Kardec. O treinador ainda colocou Osvaldo, sem sucesso na tentativa de alcançar o segundo gol, que poderia ter evitado os pênaltis. Kardec e Rafael Toloi desperdiçaram suas cobranças, e o São Paulo foi eliminado, restando-lhe lutar no Brasileiro pelo vice-campeonato e a consequente classificação direta para a fase de grupos da Libertadores de 2015.
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