Essa não é a primeira ação que corre na Justiça entre Santos e Modesto Roma Junior / Divulgação/Santos FC
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O Santos entrou com processo na Justiça contra o ex-presidente Modesto Roma Júnior e o ex-vice-presidente César Augusto Conforti, este último já falecido. O clube alega que os dois usaram do poder do cargo para agir em benefício próprio e por isso cobra indenização de R$ 4,9 milhões.
Na ação a que o Estadão teve acesso, o clube informa que houve desvio de dinheiro por parte dos ex-mandatários em parte do dinheiro recebido pela venda de Neymar do Barcelona para o Paris Saint-Germain. Também informam que houve desvio de uma quantia que deveria ser usada para pagamento de impostos, além do uso do cartão corporativo do clube para compras pessoais. O processo está na 6ª Vara Cível de Santos, protocolado em 13 de agosto.
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Modesto Roma Junior comandou o clube entre 2015 e 2017. Ao final do triênio, o Conselho Deliberativo do Santos iniciou uma série de procedimentos para analisar os atos praticados durante o mandato, como análise das demonstrações financeiras. Foi contratada auditoria externa, que rejeitou as contas do último ano de gestão do então presidente. Após o parecer sobre as contas, o Conselho aprovou por maioria de votos a retirada do ex-presidente do quadro de sócios.
Em agosto de 2017, Neymar trocou o Barcelona pelo Paris Saint Germain. Pelas regras da Fifa, o clube formador tem direito a 5% da venda. O Santos recebeu 8,5 milhões de euros (R$ 31,8 milhões na época). Parte desse dinheiro foi utilizada, segundo a ação, para quitar dívida com o escritório Bonassa Bucker Advogados, no qual o Santos não era devedor principal.
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A auditoria também encontrou despesas pessoais pagas com cartão corporativo do clube. Por exemplo, foram adquiridos e entregues aparelhos de ar condicionado na casa de Modesto Roma. Também há itens como a compra ternos e meias na loja Brooksfield no valor total de R$ 6.049,70.
Essa não é a primeira ação que corre na Justiça entre Santos e Roma Junior. Em maio, o ex-presidente teve negado seu pedido de reingresso ao quadro associativo do clube. Ele havia pedido também o ressarcimento por dano moral.
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