Continua depois da publicidade
O Santos não sabe o que é ter uma semana livre para recuperar seus atletas e ter tempo para treinar há oito jogos. A sequência de duas partidas por semana não tem previsão para ser interrompida e, com isso, o clube começa a ficar aflito. Mesmo indignado com a situação e ciente dos riscos, Dorival Júnior mais uma vez reiterou que vai continuar escalando força máxima tanto no Campeonato Brasileiro quanto na Copa do Brasil.
“Eu quero continuar insistindo. Vou tentar manter a equipe até o último momento, mas, sou sincero, não sei se estou fazendo a coisa correta, porque não tem como saber como vai ser a resposta do grupo na rodada seguinte”, explicou o treinador.
Nesta quinta, depois da vitória por 3 a 0 contra a Chapecoense, Geuvânio deixou o campo com muita dor na coxa. A tendência é que os exames desta sexta confirmem uma lesão muscular do atacante. Para o treinador, este é apenas um exemplo de como esta maratona de jogos pode causar estragos ao time.
“Anterior a isso, quando fui questionado, também fui bem claro. Nós não sabíamos se estávamos tomando a atitude correta. Dou minha mão à palmatória, porque não dá para saber. Perdemos um jogador agora por causa disso, por causa dessa sequência absurda, que faz com que tenha um desgaste excessivo. E o Geuvânio ainda ficou parado essa semana”, disse, lembrando que o camisa 11 cumpriu suspensão diante do Cruzeiro, no último fim de semana.
Continua depois da publicidade
Nas duas últimas rodadas, o Santos conseguiu duas vitórias importantes. Acabou com o jejum fora de casa batendo o Cruzeiro e, diante de seu torcedor, cumpriu a missão de vencer a Chapecoense e colar de vez no G4 do Brasileirão, ficando a três pontos do Atlético-PR. Porém, o time já perdeu Gabriel, com edema muscular, nas últimas duas partidas. Agora deve ter problemas com Geuvânio, além de Lucas Lima, que está com a Seleção Brasileira. E, neste domingo, o time desafia o Sport, em Pernambuco. Para Ricardo Oliveira, a situação é preocupante.
“Tentamos. De fato é uma batida muito pesada quarta domingo. Temos três dias para um jogo superdifícil, mas, é isso. Não dá. Já falamos muito a respeito de calendário. Todos os times estão sofrendo com isso. Esperamos que as lesões nos respeitem. Infelizmente hoje (quinta) parece que o Geuvânio sentiu. Mas não dá pra ficar se queixando. O campeonato é assim”, lamentou o camisa 9.
Continua depois da publicidade
Com apenas 16 rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro e uma briga intensa por um lugar no G4, aliado a Copa do Brasil, que já chega à sua fase de quartas de final, David Braz é mais um no Peixe que mostra apreensão perante ao que vem pela frente. A vontade do zagueiro é de que a equipe brigue com a mesma intensidade nas duas competições, mas nem ele próprio sabe se isso será possível.
“É complicado. Muita gente teve essa dificuldade. Esperamos que a gente possa conseguir, porque as duas competições são difíceis. A Copa do Brasil tem várias equipes grandes ainda. Vamos nos preparar bastante para chegar no objetivo que é colocar o Santos na Libertadores”, disse o defensor, tentando manter o otimismo, mas sem esconder ao receio de ver os objetivos do clube serem frustrados por falta de condições dos atletas.
Continua depois da publicidade