Esportes

Santos relativiza o tempo e cria realidade paralela em noite mítica de homenagem a Pelé

Celebração em memória dos 50 anos da despedida do Rei do Futebol reconta histórias que beiram o sobrenatural, mas marketing foi um fiasco

Nilson Regalado

Publicado em 03/10/2024 às 12:52

Atualizado em 03/10/2024 às 13:01

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O evento em celebração pelos 50 anos da despedida de Pelé do gramado da Vila Belmiro foi de arrepiar / Divulgação/Santos FC

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Um estádio mítico. Refletores apagados! Silêncio absoluto! Nuvens cobrem a lua, mas a energia das estrelas é perceptível. Histórias que beiram o sobrenatural! Personagens famosos e anônimos vagueiam pelo ambiente. Dois gatos, um preto outro branco, correm pelo gramado. De repente, a magia acontece! Vozes do passado! Imagens desbotadas relativizam o tempo e forjam uma realidade paralela. Um rei! Alguns poucos súditos. E se fez a luz...

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O evento em celebração pelos 50 anos da despedida de Pelé do gramado da Vila Belmiro foi de arrepiar!

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Pena que o Santos, tão competente dentro das quatro linhas, seja uma nulidade em termos de marketing!

Menos de 50 testemunhas presenciaram o espetáculo organizado com competência pela Comunicação do Santos Futebol Clube na noite da quarta-feira (02).

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Nem o presidente do clube, Marcelo Teixeira, deu as caras. Tampouco funcionários bem remunerados do Departamento de Futebol.

Só os veteranos Edu, Clodoaldo, Lima, Pepe e Manoel Maria, velhos companheiros do Rei do Futebol...

O “príncipe”, Edson Cholbi Nascimento, representou a dinastia!

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E pensar que o Sport Club Corinthians Paulista fez um espetáculo com milhares de pessoas na sem carisma Neo Química Arena para receber o ninguém Memphis Depay há poucos dias.

Nenhuma camisa alusiva à data, nenhuma moeda ou medalha para colecionadores, sequer um copo como souvenir...

Nos telões da Vila Viva Sorte, o saudoso locutor santista Peirão de Castro narrava, com imagens da “maior rede de televisão do mundo”, transmitidas pela TV Gazeta de São Paulo para países como Canadá, Japão, Uruguai e Paraguai, aquele Santos 2 x 0 Ponte Preta no longínquo 2 de outubro de 1974.

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Quando o Rei do Futebol se ajoelhou no centro do gramado, pegou a bola e ergueu as mãos aos céus, em agradecimento aos deuses do futebol, a máquina do tempo realinhou passado, presente e futuro.

E trouxe todos os presentes à realidade de que o Santos precisa, urgentemente, se reconectar aos seus dias de grandeza, sob pena de viver, eterna e exclusivamente, de um passado de glórias.

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