Esportes
Lutando pelos interesses do clube, como já afirmou em diversas oportunidades, o presidente santista justifica a sanção pelas práticas irregulares durante a transferência
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Dando continuidade ao processo impetrado contra Neymar e a empresa do jogador, a Neymar Sports e Marketing Ltda, comandada por seu pai, o Santos reforçou alguns pedidos do processo entregue em maio para ser analisado pelo Comitê de Ética da Fifa. Lutando pelos interesses do clube, como já afirmou em diversas oportunidades, o presidente santista justifica a sanção pelas práticas irregulares durante a transferência do atacante ao Barcelona em 2013.
Em contato, por telefone, o presidente Modesto Roma Jr. confirmou que o processo está em curso, e garantiu que nenhuma alteração foi feita com relação ao pedido registrado no fim de maio. Negando querer fazer qualquer prejuízo a imagem do jogador, Modesto só quer se manter em prol do clube, que se sente lesado pelos valores não declarados na transação de Neymar e pela transferência fora dos moldes.
Encontrando respaldo no documento que regula as transferências internacionais da Fifa, e no Código Disciplinar da entidade, o Santos redigiu o documento com base legal para defender seus direitos e reaver R$ 238,8 mi. À época da negociação, o Santos fechou o passe de Neymar em 17,1 milhões de euros (cerca de R$ 74,3 mi), com possível compensação de mais 2 milhões de euros por metas atingidas, mas, após as recentes polêmicas envolvendo a Receita espanhola, tomou conhecimento que a negociação beirou os 83,3 milhões de euros (cerca de R$ 361 mi).
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Além do impasse com a Justiça espanhola, que indicia não só Neymar e seu pai, mas também Josep Maria Bartomeu, atual presidente do Barcelona, e Sandro Rosell, ex-presidente, o craque da Seleção Brasileira tem encontrado problemas também com o fisco brasileiro. Há algumas semanas, teve R$ 188 milhões bloqueados pela receita, além da história envolvendo seu Porsche, que segue apreendido por conta de problemas com a importação.
O texto, além de acusar Neymar de violar uma série de regimentos da Fifa, seja com relação às contratações ou à declaração dos valores, cita um ato de “má fé” do jogador. Além de pedir sanção de seis meses, segundo próprio método coercitivo da Fifa, o Santos sugere também o bloqueio e o confisco de todos os bens advindos dos ganhos mal declarados e sob investigação, agindo, assim, tanto em esfera desportiva quanto cível.
Em depoimento ao UOL Esporte, o empresário de Neymar, Wagner Ribeiro, que participou das negociações, negou a falta de anuência do Santos em negociar o prodígio da base. De acordo com o cartola, a punição sugerida pelo clube da Vila não pode ser levada a sério. “É absurdo o que estão fazendo. É inconstitucional proibir um trabalhador de executar suas funções. Não faz sentido. Não me preocupo com isso, e creio que Neymar também não. Vou me reunir com o pai do Neymar e o jurídico para analisar como agir”, declarou.
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