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O alto comando do Santos considerou estranha a declaração do gerente de futebol do clube, Zinho, sobre o suposto interesse nas contratações do meia Bruno César (Al-Ahli, da Arábia Saudita) e do atacante chileno Vargas (emprestado pelo Napoli, da Itália, ao Grêmio até o fim do ano). O motivo é que, sem patrocínio master da camisa desde o fim do ano passado, o clube já admite ter de pedir adiantamento de cotas de televisão para poder pagar o 13º salário e os meses de novembro e dezembro. Ou seja, falta dinheiro para investir em reforços tão caros.
Nas últimas reuniões do Comitê de Gestão do Santos, vários nomes de jogadores foram comentados, mas a conclusão é que contratações de jogadores como Bruno César e Vargas não passam de sonho. Para o presidente Odílio Rodrigues, o clube deveria, pela qualidade do seu elenco, estar melhor colocado no Campeonato Brasileiro e lutando por vaga para a Libertadores de 2014 - atualmente, ocupa o nono lugar, nove pontos atrás do Atlético-PR, que abre o G4 (48 a 39).
"Temos uma boa espinha dorsal, com Edu Dracena, Arouca, Cícero, Montillo e Thiago Ribeiro, além de jovens promessas que já estão no time, como o zagueiro Gustavo Henrique, o volante Alison e outros que estão sendo lançados aos poucos, como Neilton, Giva e Gabriel. Vamos precisar reforçar o grupo, mas não há bons jogadores no mercado e só podemos contratar dentro da nossa realidade financeira", disse Odílio Rodrigues, que assumiu a presidência após o afastamento de Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
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No passado recente, sempre que estava sem caixa e precisava de reforços, o Santos recorria aos parceiros, principalmente a DIS, que comprava os direitos do jogador e o repassava ao clube em troca de participação em revelações da base santista. Foi assim com Danilo, Molina, Bolanõs e muitos outros que tiveram passagem relâmpago pela Vila Belmiro.
Depois que a DIS se sentiu traída e ingressou na Justiça para contestar o valor informado pelo clube pela venda de Neymar ao Barcelona, os investidores e empresários que são "donos" de jogadores se afastaram da Vila Belmiro.
A esperança é que a TEISA - Terceira Estrela S.A. -, grupo de santistas que se cotizam para ajudar o Santos em momentos de dificuldades, realmente se torne um fundo de investimentos e obtenha recursos no mercado a serem injetados no clube para a contratação de reforços. Até lá, o presidente em exercício está empenhado em enxugar a máquina administrativa, com dispensa de funcionários e terceirização de departamentos. Odílio Rodrigues também pretende implantar nova política de contratações e de remuneração no futebol, pondo fim aos chamados aos salários de patamar europeu.
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