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Vale muito o clássico entre Santos e São Paulo, às 17 horas (de Brasília) deste domingo, que opõe pela primeira vez os velhos conhecidos Neymar e Paulo Henrique Ganso. Um jantar a ser pago pelo perdedor é o menor dos prêmios. Para o meia, ganhar a aposta do amigo seria consequência de uma vitória particular na volta à Vila Belmiro, da qual se despediu sob uma chuva de moedas, sendo chamado de mercenário pelos torcedores. Para os santistas, um triunfo teria sabor de vingança.
Ganso trocou o Santos pelo São Paulo de forma polêmica, em setembro, e até aqui não fez grandes jogos no novo time. Em 2012, era reserva por voltar de lesão. Nesta temporada, começou entre os titulares, mas, sem a doação necessária nos treinamentos e no primeiro jogo, perdeu posição para Jadson. Seu reencontro com a ex-equipe é a esperança de Ney Franco de que ele atinja nível máximo de motivação. "Vai ser um ingrediente a mais", admitiu o treinador.
A recepção da torcida certamente não será das melhores. "Não sei se vai ser positiva ou negativa, espero que seja boa, que torçam para a equipe do Santos e que eu possa vencer o Neymar. Espero que seja um jogo de muita paz, com grande vitória nossa", falou o agora camisa 8 tricolor, dois dias antes da partida, quando ele e "mais dez" foram confirmados como titulares por Ney Franco.
Neymar também torce para que o amigo seja tratado sem hostilidade, ainda que saiba que a saída do ídolo não foi bem assimilada. "Espero que a torcida do Santos, que sempre teve um comportamento diferenciado, possa recebê-lo com respeito", disse, estranhando a situação. "Vai ser diferente para mim, depois de tanto tempo de convívio. A primeira coisa que eu vou fazer quando reencontrá-lo é dar um grande abraço".
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O craque lembrou-se ainda das vaias que recebeu de são-paulinos no amistoso em que a Seleção Brasileira derrotou a África do Sul, no feriado passado de 7 de setembro. "Tenho certeza que a nossa torcida vai apoiar o Santos e esquecer os jogadores do São Paulo. O Ganso não ficou nada feliz quando eu recebi aquela atitude (da torcida tricolor) no Morumbi. Sendo assim, peço novamente para que o tratem com respeito", completou.
Sem Ganso, os santistas contam com Montillo como novo 10. Recém-chegado, o argentino foge de qualquer comparação e polêmica. "O problema com a torcida é do Ganso, e não meu. Ele é um grande atleta, um jogador de muita qualidade e um dos melhores do Brasil. Só tenho palavras de elogio para ele", esquivou-se.
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Ao seu lado, além de Neymar, o ex-cruzeirense deve ter novidades em relação ao time que venceu o Ituano, no meio de semana. O técnico Muricy Ramalho não definiu a escalação, mas é provável que os volantes Arouca e Renê Júnior, poupados em razão de dores musculares, estejam de volta. Já o zagueiro Neto é dúvida por ter sofrido um pisão no fim de semana. Se for vetado, o companheiro de Durval na defesa deve ser Jubal, que está de sobreaviso. Por fim, no treino de sábado, o comandante deu mostras de que pode barrar André, que está em má fase, para colocar o argentino Miralles.
No São Paulo, Ney Franco também deixou para divulgar a equipe apenas na Vila Belmiro. A intenção é entrar com força máxima após ter obtido classificação para a fase de grupos da Libertadores. A entrada de Ganso entre os 11 iniciais, no entanto, força ao menos uma saída. A única certeza, antecipada pelo técnico, é que o "time é ele e mais dez". Todos contra Neymar.
"O Neymar precisa ter uma atenção especial. Não digo homem a homem, mas por zona. O princípio básico é marcar a bola. Se procurar outro caminho, fica mais difícil. Em alguns momentos, usar o (cartão) amarelo. A equipe do Santos toda é muito forte, talentosa. Há outros jogadores que merecem cuidado, mas o Neymar vem mantendo uma média nos últimos três anos. Isso se traduz em desequilíbrio para o Santos. Vamos tentar pará-lo jogando futebol. Vencer lá já é difícil", comentou o comandante são-paulino.
Ficha Técnica
Santos X São Paulo
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Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 3 de fevereiro de 2013, domingo
Horário: 17 horas (horário de Brasília)
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra
Assistentes: Herman Brumel Vani e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo
Santos: Rafael; Bruno Peres, Neto (Jubal), Durval e Guilherme Santos; Renê Júnior, Arouca, Cícero e Montillo; Neymar e Miralles (André). Técnico: Muricy Ramalho.
São Paulo: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Lúcio, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denilson e Ganso; Jadson (Douglas), Osvaldo e Luis Fabiano. Técnico: Ney Franco.
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