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Ricardo Oliveira assumiu a faixa de capitão do Peixe, após a saída de Robinho, e nesta quinta-feira usou toda sua experiência para falar abertamente sobre uma situação delicada do clube: os salários atrasados. O Santos luta para manter suas obrigações em dia com muita dificuldade. Mas, se no começo da temporada apenas os direitos de imagem de alguns atletas estava atrasados, agora a situação é ainda mais crítica, já há dois meses o elenco não recebe sequer o que está acordado em carteira (CLT).
“É um agravante, mas não é determinante para a situação do time hoje na tabela. É agravante pelo fato de que somos funcionários do clube. Não só nós atletas, como os que cuidam do campo, da cozinha. Mas é uma situação que já discutimos entre nós. Eles estão empenhadíssimos em resolver essa situação, porque eles também entendem que já passou do prazo. E as coisas, quando vão acumulando, ficam mais complicadas para você conseguir solucionar”, avisou Ricardo Oliveira, admitindo preocupação com a situação.
Em maio, o Santos quitou os atrasados por meio de um empréstimo bancário de R$ 8 milhões. Mas a falta de receitas faz com que a diretoria já busque novas formas de ter um novo empréstimo aprovado. O clima ficou preocupante, principalmente porque Modesto Roma Jr, presidente do clube desde janeiro, garantiu que os salários em carteira jamais atrasariam em sua gestão. Promessa que já caiu por terra.
“Mas acreditamos que em breve estará tudo resolvido e já não teremos de falar dessa situação, porque, sempre que tocamos neste ponto, existem os mais maliciosos que vão pegar uma frase e colocar que estamos reclamando dos salários atrasados. É agravante, mas não é determinante por essa situação”, explicou o centroavante alvinegro.
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Enquanto luta para sanar as dívidas, o time também tem a árdua missão de tirar o Santos da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Em 17º lugar na tabela, com baixa média de público e sem patrocínio há mais de dois anos, a realidade do Peixe parece ser essa, a de brigar na parte de baixo da tabela. E Ricardo Oliveira, apesar de cobrar uma solução junto aos gestores, não tira a responsabilidade dos atletas em mudar esse cenário.
“Estamos nessa situação pelo o que fizemos na competição. Todo mundo chega antes, faz o treino, fica aqui no campo até o final. Todo mundo sabe da índole e do caráter dos jogadores que têm aqui. Ninguém vai ficar gritando que a situação tem de ser resolvida o quanto antes, porque existem pessoas capacitadas para resolver isso”, disse.
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