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Quando Rogério Ceni pisar no gramado do estádio do Morumbi para enfrentar o Corinthians, deverá fazer a primeira das muitas despedidas de sua carreira. Se não mudar de ideia da aposentadoria no fim do ano, a partida contra o clube alvinegro será o último clássico do camisa 1 contra os maiores rivais regionais. Embora não tenha confirmado textualmente que vai parar, o goleiro e capitão são-paulino tem sempre deixado nas entrelinhas que 2013 será o seu último ano como profissional.
O goleiro não esteve em campo na vitória sobre o Cruzeiro na última quarta-feira, mas nem por isso pode se dizer que ele não participou do momento. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, pagou do próprio bolso a passagem para Belo Horizonte para ficar próximo dos companheiros. "Ele se propôs a ir na quarta, esteve no hotel com os jogadores, foi ao vestiário e participou da preleção. É o tipo de sacrifício que ele fez para um jogo tão difícil", exaltou o técnico Muricy Ramalho, que não enxerga o retorno ao gol no clássico como um ponto para motivar ainda mais os atletas. "Ele é importante sempre, não apenas no clássico".
Se optar pelo fim da carreira, Rogério Ceni encerra neste domingo uma história de até aqui 168 jogos contra os três principais rivais do Estado. Nessa trajetória foram 60 vitórias, 47 empates e 61 derrotas. Contra o Corinthians foram 60 partidas, com 19 vitórias, 18 empates e 23 derrotas; o rival também é uma asa negra em competições eliminatórias: levou a melhor em nove dos 11 confrontos deste tipo desde que o goleiro chegou ao clube.
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Há, no entanto, quem acredite que a péssima campanha do São Paulo no ano e a possibilidade de queda para a Série B do Campeonato Brasileiro façam o maior ídolo da torcida rever a sua decisão e esticar a carreira por mais um ano. Muricy Ramalho já disse não saber se Rogério Ceni vai parar e Denis, candidato a sucedê-lo no gol, diz que o assunto não é tratado entre eles. "Ele nunca falou pra mim, a única pessoa que pode responder sobre isso é o próprio Rogério".
Reforçado
O São Paulo deve ter três retornos importantes para o clássico. Rafael Toloi, Denilson e Luis Fabiano treinaram normalmente após lesões musculares e estão liberados, mas Muricy Ramalho prefere a cautela e não confirma o trio contra o Corinthians. "Temos que esperar porque esse tipo de contusão é traiçoeira; é muito profunda e às vezes o jogador se sente bem e depois sente um pouco. Vamos esperar um pouco para definir", despistou o técnico.
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A tendência é que os três iniciem jogando; a dúvida maior fica por conta de Denilson, que é quem está há mais tempo inativo. Como Wellington está suspenso, uma vaga no meio está aberta. Se Muricy Ramalho quiser alguém com mais ritmo de jogo, ele pode optar por Fabrício, pouco aproveitado no time.