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Resultados ruins nesta temporada do surfe não desanimam Gabriel Medina

Nas cinco primeiras etapas do ano, sua melhor colocação foi um quinto lugar em Bells Beach, na Austrália. Ficou ainda três vezes em 13.º lugar e uma em 25.º

Publicado em 21/06/2015 às 13:49

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O que parecia impossível está acontecendo nesta temporada do Circuito Mundial de Surfe: o atual campeão, o brasileiro Gabriel Medina, vem tendo uma temporada irregular e ainda não venceu qualquer etapa. Para piorar, está em uma classificação ruim no ranking e o sonhado bicampeonato pode ficar para outra temporada. Mas ele evita jogar a toalha, apesar das dificuldades que vem tendo.

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“Sei que está complicado, mas vou sempre buscar as vitórias”, afirmou o brasileiro, que é famoso por não gostar de perder. “É realmente é difícil de aceitar essa situação. Mas fazer o que? O negócio é continuar trabalhando e buscar dias melhores”, continuou o surfista.

Nas cinco primeiras etapas do ano, sua melhor colocação foi um quinto lugar em Bells Beach, na Austrália. Ficou ainda três vezes em 13.º lugar e uma em 25.º. Claro que a cada etapa um problema novo aparecia: falta de ondas em sua bateria, erros em momentos cruciais e até tubarões passando embaixo de sua prancha.

Charles Saldanha, pai e treinador de Gabriel, ainda não chegou a qualquer conclusão sobre os resultados abaixo da média. “Sinceramente não chegamos a alguma conclusão. Ele está surfando igual ou melhor que no ano passado e sem pressão. Talvez possa ser o relaxamento natural do ser humano, mas não sinto isso nele. Acho que é um pouco de azar. Mas estamos trabalhando duro e uma hora o resultado vai voltar”, disse.

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Os dois se baseiam também na subjetividade do surfe, pois as notas dos juízes nem sempre são as mesmas para os atletas, as condições do mar mudam de uma bateria para outra e no momento o adversário pode estar mais inspirado ou mesmo estar no lugar certo e na hora certa e conseguir melhores avaliações. Tanto Charles quanto Gabriel garantem que não foi mudado na preparação do surfista em relação ao ano anterior, quando ele foi vitorioso. “Estou fazendo o mesmo trabalho que fiz no ano passado. Acho que logo a sorte vai voltar”, apostou.

Gabriel Medina vem tendo uma temporada irregular e ainda não venceu qualquer etapa (Foto: Divulgação)

Nem mesmo a agenda com patrocinadores tem atrapalhado, segundo o próprio Charles. “No segundo semestre do ano passado já tínhamos um volume grande de compromissos e era uma fase crucial do campeonato, mas mesmo assim conseguimos realizar bem. Esse ano está tudo melhor planejado e temos uma equipe que organiza tudo. Acredito que não atrapalha”, complementou Charles.

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Logo após ser campeão mundial no Havaí, Medina voltou para o Brasil e ficou com a família. Aproveitou para viajar para Rio e Santa Catarina, curtiu suas férias, segundo ele com bastante responsabilidade, e no final de janeiro já estava em treinamento. “De lá para cá o trabalho tem sido sério e focado”, explicou o atleta, que voltou ao Brasil nesta semana para ficar mais próximo da família após a morte do avô materno.

Em breve, ele embarca para a África do Sul, onde tentará reverter os resultados da temporada na etapa de Jeffreys Bay, que tem início previsto para 8 de julho. Para Charles, Gabriel vai motivado, pois odeia perder. “A classificação não é boa. Mas com certeza vai mudar”, garantiu. O filho não perde as esperanças. “Está difícil, mas para Deus nada é impossível. Vou lutar até o último momento pelo bicampeonato”.

PATROCÍNIOS - Gabriel Medina continua com os mesmos patrocinadores do ano passado, mudaram apenas os tipos de contrato - ele ficou mais valorizado após o título. Além de Mitsubishi, Samsung, Vult Cosmética e Oi, entre outros, ele está em uma campanha da Air New Zealand. “Qualquer atleta no topo, como Federer, Nadal ou Neymar, tem compromissos e responsabilidades. Mas nada está atrapalhando os treinos dele”, disse Cesar Villares, que cuida da carreira do surfista.

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Ele garante que não existe salto alto e que o momento de baixa é normal para qualquer esportista. “O Kelly Slater ganhou seu segundo título depois de dois anos, o Guga Kuerten foi ganhar novamente Roland Garros após três anos. O Gabriel chegou no topo mas está treinando duro, está focado e uma hora o resultado vai voltar a aparecer”.

Para Villares, esse momento de resultados ruins pode ser bom lá na frente. “Isso dá força para ele ficar calejado. Tudo p que está acontecendo o deixa mais forte”.

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