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O ato racista de alguns torcedores do Grêmio contra Aranha durante a partida na última quinta-feira deve ter novos desdobramentos, tanto na esfera esportiva, quanto na criminal. O goleiro do Santos registrou um Boletim de Ocorrência nesta sexta-feira, em Porto Alegre, e agora aguarda a Justiça tomar as devidas providências. Cristiano Caús, advogado do clube paulista, explica que o Santos agora pode apenas acompanhar o caso.
“Tano na esfera criminal quanto na esportiva não depende mais da gente. O Santos nem participa do caso. Agora é acompanhar, prestar toda nossa solidariedade ao Aranha e aguardar”, disse Caús, antes de salientar que o inquérito sobre o caso foi aberto mesmo antes de Aranha ir à delegacia. “Ele já fez o Boletim de Ocorrência, mas até antes disso o inquérito já havia sido aberto. Não depende de aprovação da vítima. Ele foi, prestou suas declarações, e agora o promotor do caso vai dar prosseguimento analisando as imagens e investigando o caso”.
Na esfera esportiva, o caso, que já está com o STJD, tem até 60 dias para uma resolução. Já na questão penal, não há um prazo definido, mas os torcedores podem acabar presos.
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“Não sou especialista nesta área, sou da área esportiva, mas uma condenação pode gerar a prisão da pessoa, não sei por quanto tempo, não sei se essa vai ser a pena, mas pode, sim”, confirmou Caús.
O presidente do Peixe Odílio Rodrigues se pronunciou demonstrando repúdio aos atos racistas, cobrou punição aos responsáveis, mas deixou claro que não quer envolver o Grêmio na questão.
“A punição da instituição não atinge quem deve ser atingido. O Grêmio é um clube grandioso, com certeza a diretoria do Grêmio não compactua com isso nem a grande maioria da torcida do Grêmio. Acho que a gente tem que começar a punir os que praticam a violência. A punição é pessoal e intransferível. A pessoa tem que sofrer o rigor da lei. Não vamos resolver enquanto a gente não atingir o agressor, enquanto ele não for proibido de entrar no estádio, não tiver que ir à delegacia prestar depoimento”, disse o mandatário. “É preciso acabar com isso. Acredito que só acabará através de medidas legais punindo o agressor”, concluiu Odílio.
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