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Diferentemente de sua tradição, os tabloides ingleses, conhecidos por capas irônicas, especialmente em tropeços do English Team, praticamente ignoraram a despedida melancólica do time de Roy Hodgson da Copa do Mundo de 2014. A seleção inglesa, já eliminada, empatou sem gols com a Costa Rica na última rodada da fase de grupos. Ainda na noite de terça, a delegação embarcou de volta em direção a Londres, com quase nenhum acompanhamento por parte da imprensa local.
Tudo isso em função da mordida de Luis Suárez em Giogio Chiellini, pela outra partida do grupo D, entre Itália e Uruguai, que ganhou um imenso destaque em todos os tabloides britânicos. Para um desavisado, a Inglaterra sequer parecia ter jogado no dia anterior.
No The Sun, uma grande manchete ao lado da foto do zagueiro italiano mostrando a mordida ao árbitro não apenas informava, mas sugeria uma punição severa ao uruguaio. “Suarez pode encarar suspensão de dois anos por mordida”, dizia a chamada.
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Com muito menos destaque, o tabloide publicou uma análise sobre o fraco desempenho da Inglaterra no Mundial, com duas derrotas e um empate, com apenas dois gols marcados. “Importação, ganância, técnicos ruins e a Federação Inglesa está destruindo a Inglaterra”, disparou a publicação.
Já o The Daily Telegraphdeu pouco destaque ao caderno de esportes em sua capa, ignorando o empate entre Inglaterra e Costa Rica ou o retorno da delegação à Inglaterra. A única chamada, no entanto, era sobre o caso de Suárez e Chiellini: “Atacante uruguaio envergonha a Copa do Mundo”.
O site do Daily Mirror, outra tradicional publicação inglesa, chegou a montar um sistema de informações em tempo real sobre o julgamento de Suárez. O jornal ainda entrevistou um psicólogo, que afirmou: “Suárez vai morder de novo se as circunstâncias forem propícias. Quando ele sabe que não está conseguindo ajudar a equipe, é uma reação impulsiva”, disse o doutor Tom Fawcett.
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Reincidente, Luis Suárez teve a mesma atitude no ano passado em uma partida do Campeonato Inglês, entre Liverpool, seu clube atual, e Chelsea, mordendo o zagueiro sérvio Branislav Ivanovic. O uruguaio ainda foi o “carrasco” da eliminação inglesa no Mundial, ao marcar os dois gols de seu time na vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra.