Esportes

Renovação de contrato com o Palmeiras não anima Gilson Kleina

O técnico ficou em situação constrangedora durante a coletiva desta quarta no instante em que Paulo Nobre admitiu ter pensado em outros técnicos brasileiros

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/11/2013 às 20:50

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No dia em que deveria estar sorridente e de peito estufado por ter renovado contrato com o Palmeiras depois de uma novela que se arrastou por um mês, o técnico Gilson Kleina era um homem cabisbaixo e constrangido ao lado do presidente Paulo Nobre nesta quarta-feira. E ficou claro que terá de superar a desconfiança da própria diretoria para triunfar no ano do centenário.

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O técnico garantiu que o semblante fechado era apenas cansaço por causa da reunião que durou quase oito horas na noite anterior e que terminou perto da meia-noite. Mas quem o conhece e se habituou a ver suas entrevistas, percebeu que ele não estava à vontade.

Gilson Kleina, que já não havia gostado nada de saber que o diretor executivo José Carlos Brunoro tinha ido para a Argentina negociar com Marcelo Bielsa, ficou em situação constrangedora durante a coletiva desta quarta no instante em que Paulo Nobre admitiu ter pensado em outros técnicos brasileiros antes de decidir renovar o seu contrato.

"Como presidente tenho a obrigação de estudar todas as possibilidades. O Bielsa está em outra fase da carreira e me senti na obrigação de entender sua filosofia de trabalho. Avaliamos seis ou sete técnicos no Brasil até para ter a convicção que o Kleina era o nome ideal", disse o presidente. Quando Nobre fez essa revelação, o semblante de Gilson Kleina ficou ainda mais fechado.

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Pelo acordo, Gilson Kleina vai receber R$ 210 mil mensais - o contrato atual é de R$ 300 mil - e passará a ter bônus por conquistas e metas. Em relação à multa rescisória, um dos pontos de discórdia, ficou decidido que, caso seja demitido, ele vai receber três meses de salário. Mas se for contratado por outro clube nesse período o Palmeiras para de pagar.

Gilson Kleina apareceu cabisbaixo e constrangido ao lado do presidente Paulo Nobre nesta quarta-feira (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Hora de tomar decisões

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Agora a missão é correr para recuperar o tempo perdido, já que o clube levou 30 dias da data que garantiu o acesso para a Série A até definir quem iria dirigir a equipe. Apesar da demora e do pedido por reforços, ele não mostra preocupação com atraso no planejamento. "Temos uma base e precisamos de contratações pontuais, o que é mais fácil. Qualquer eventualidade e atrasar as contratações, temos um time para começar os campeonatos", destacou o treinador.

Além da chegada de reforços, o clube define nos próximos dias a situação dos 13 atletas com contrato vencendo em dezembro. Estão no clube por empréstimo: Fernandinho, Marcelo Oliveira, Charles, Léo Gago, Ronny, Ananias, Rondinelly e Leandro e ficarão sem clube Bruno, Vilson, André Luiz, Márcio Araújo e Wendel.

Destes, a diretoria já conversou com Vilson, Leandro e Márcio Araújo e foi ofertado um contrato de produtividade, como deve ser para aos reforços. Vilson e Leandro não gostaram da primeira oferta, mas ainda vão negociar. Já Márcio Araújo aguarda um novo contato. "Este conceito é dividir responsabilidades. Se o clube atinge seus objetivos, todos vencem", explicou Paulo Nobre.

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Certo mesmo é que os jogadores entram de férias na segunda, voltam ao trabalho no dia 3 de janeiro e dois dias depois viajarão para Itu, onde ficarão concentrados até dia 15. A estreia do Palmeiras no Campeonato Paulista será no dia 19 contra o Linense.

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