Rebeca Andrade se apresenta rumo ao ouro em Liverpool / Andrew Boyers/Reuters
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Rebeca Andrade conseguiu, nesta quinta-feira (3), um resultado histórico para a ginástica artística do Brasil. A paulista de 23 anos venceu a final individual geral do Mundial, em Liverpool, na Inglaterra, e se tornou a primeira pessoa do país a conquistar a medalha de ouro nessa disputa.
Brasileiros já haviam triunfado em decisões por aparelhos em seis oportunidades no Mundial, uma delas com a própria Rebeca, no salto, em Kitakyushu, no Japão, em 2021. Mas o máximo no individual geral era o bronze de Jade Barbosa em Stuttgart, na Alemanha, em 2007.
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Desta vez, Rebeca já chegou com favoritismo e era apresentada como a estrela da competição. Ela não tinha a concorrência de Simone Biles, maior ginasta da história, nem a daquela que ficou com o ouro no individual geral nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, Sunisa Lee.
As duas norte-americanas estão afastadas do esporte por questões de saúde mental, e ficou aberto o caminho para a brasileira, prata no individual geral em Tóquio, confirmar que é a melhor ginasta da atualidade. Ela procurou lidar com essa pressão com naturalidade.
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"Eu acho que isso é bom, porque mostra o potencial que o Brasil tem. Tudo bem que é a minha foto que está lá, mas as pessoas ficam de olho em toda a nossa equipe. A gente sempre teve potencial para mostrar o talento que a gente tem", afirmou.
Levado em conta seu altíssimo nível, no entanto, a atleta de Guarulhos não começou bem o Mundial.
Errou naquela que é sua especialidade, o salto, e não conseguiu classificação no aparelho. Foi bem em outras provas, no entanto, e avançou à final no solo, nas barras assimétricas e na trave.
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Na disputa coletiva, na terça-feira (1º), esteve no grupo que conseguiu a melhor colocação na história da equipe brasileira, o quarto lugar. Ela ainda disputará as decisões por aparelhos no final de semana, mas já viveu seu grande momento na M&S Bank Arena nesta quinta.
Rebeca começou muito bem a final individual geral, no salto. Ouro na modalidade nos Jogos de Tóquio, ela buscou uma execução de dificuldade bem alta e alcançou 15.166, abrindo vantagem de 0.933 sobre a sua principal concorrente, a norte-americana Shilese Jones.
A brasileira não teve o mesmo desempenho nas barras assimétricas. Teve problemas na execução de uma parada de mão. Porém, com seus 13.800, fez o suficiente para permanecer na liderança, com 0.367 de vantagem sobre Jones.
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Na terceira rotação, Andrade foi para a trave de equilíbrio, onde teve uma apresentação correta. Se perdeu a conexão de alguns movimentos, foi precisa nas acrobacias. Com 13.533, manteve-se na primeira posição, 0.800 à frente de Jones, e passou a se concentrar no solo.
A paulista seria a última a se apresentar nesse exercício, com sua coreografia ao som de "Baile de Favela". Fizesse os movimentos corretamente, seria a primeira brasileira a conquistar a medalha de ouro no individual geral. E fez.