Esportes

Professor brasileiro revela talentos do Jiu-jítsu há mais de dois anos

Por meio do projeto Yuu, da academia Dream Art, Márcio Oliveira, mais conhecido como Zaca, vem dando oportunidades e revelando talentos vindos da periferia

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 06/06/2022 às 14:10

Atualizado em 06/06/2022 às 14:15

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O mestre Márcio Oliveira, o Zaca, ao centro da imagem / Arquivo Pessoal

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Tão importante quanto ter talento, não só no esporte, mas como em qualquer área profissional, é ter uma oportunidade. E é isso que o mestre Márcio Oliveira, mais conhecido como Zaca, vem fazendo no Jiu-jítsu. Por meio do projeto Yuu, da academia Dream Art, vem dando oportunidades e revelando talentos vindos da periferia há mais de dois anos.

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O Yuu, voltado para jovens de 12 a 16 anos, que sonham em seguir carreira no Jiu-jítsu, veio na sequência do sucesso do projeto Dream Art, localizado no Brooklyn, em São Paulo, que nasceu do "sonho de realizar sonhos", segundo seus idealizadores, no ano de 2019.

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O Dream Art é voltado para atletas experientes que precisam de acompanhamento para que se tornem grandes profissionais. E tem, hoje, mais de 40 lutadores, entre eles 12 mulheres.

Já o Yuu, funciona como uma categoria de base que prepara estes jovens para, na sequência do trabalho, passarem ao time Dream Art.

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O trabalho já rende frutos. Os comandados do mestre Márcio Oliveira já venceram competições nacionais e sul-americanas.

Dentre eles, destacam-se Bruno Marllon Amaral Costa, que é campeão Paulista, Brasileiro Pan-Americano, Sul-americano, venceu também o Rio Open e ficou em terceiro lugar no World Pro (campeonato mundial) de Jiu-jítsu e Kleber Barbosa, campeão brasileiro. Ambos já estão no Dream Art. Além de Sabrina Lourenço e Ilorayne Prado, campeãs brasileiras pelo Yuu.

Sobre o mestre

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Márcio Oliveira, o Zaca, iniciou sua carreira um pouco mais tarde que a maioria dos atletas da modalidade. Conheceu o esporte aos 18 anos, mas, como se diz no tatame, ainda não tinha sido picado pelo “bichinho do Jiu-jítsu”.

Um pouco mais tarde, aos 25, começou a treinar na Cia. Athletica, onde conheceu seu mestre e amigo Eduardo Santoro, o Português, um professor exemplar que sempre incentivou seus alunos a treinar e a competir. E próximo de completar 27 anos, Zaca, como é mais conhecido, ao acompanhar seu mestre em um campeonato, ficou encantado com o clima de competição e resolveu que queria isso para sua vida.

A disciplina e a determinação, a partir daquele momento, tomaram conta de seu corpo e mente e ele passou a treinar e a se dedicar mais, não só aos treinos, mas principalmente as competições.

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Zaca disputou inúmeros campeonatos, sendo os títulos mais expressivos, o da seletiva em gramado UAE Jiu-jítsu, o Campeonato Paulista e  um terceiro lugar no Campeonato Brasileiro da modalidade.

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Mas sua trajetória no esporte estava apenas começando. Em um certo dia, seu mestre foi participar de uma competição fora do Brasil e não havia um professor que pudesse substituí-lo para dar o treino aos outros alunos. Nesta época, Zaca estava na faixa roxa e já estava apto a dar aula. Foi assim que sua história como professor de Jiu-jítsu teve início.

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Até aquele momento, Márcio trabalhava na área administrativa da empresa de sua família, mas logo começou a dar aulas e passou realmente a viver do esporte. Em 2017, se tornou empreendedor e, com alguns amigos, abriu sua academia.

Nesta nova jornada começou a dar aula para crianças e descobriu mais uma vocação: começou um projeto social com um amigo que havia conhecido há pouco tempo. Esse amigo era o recém campeão mundial, Isaque Bahiense, que compartilhava o mesmo desejo de ter um projeto social que trabalhasse o esporte como ferramenta de inclusão social e que mostrasse aos atletas um futuro além dos tatames.

Assim nasceu o Dream Art, projeto que hoje é mundialmente famoso e que já apresentou inúmeros campeões de todas as partes do Brasil.

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Como o Dream Art só aceitava atletas adultos, Zaca, em um segundo momento, começou a trabalhar atletas da base de 12 a 16 anos, e assim nasceu o projeto Yuu, que revelou e revela até hoje atletas juvenis e que depois que se tornarem adultos seguem para a base do Dream Art e para novas competições.

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