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A Fifa não pode realizar mudanças dignas de crédito nos últimos meses sob o comando de Joseph Blatter em uma entidade atingida por um escândalo de corrupção, declarou, nesta segunda-feira, o príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein, candidato derrotado na última eleição.
O príncipe também disse duvidar das reformas que estão sendo preparadas por uma força-tarefa da Fifa que é apoiada por Michel Platini, seu ex-aliado e agora principal candidato a suceder Blatter na eleição marcada para 26 de fevereiro. "Eu não acho que alguém irá tomar qualquer decisão crível na situação atual", disse o príncipe Ali em entrevista à agência de notícias Associated Press.
"Acho que o importante é a necessidade de uma mudança geral na liderança", disse o jordaniano, que descreveu Platini como "não sendo uma boa liderança para a Fifa" quando o presidente da Uefa anunciou sua candidatura há duas semanas. "A totalidade do futebol gostaria de ver uma mudança".
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Ainda assim, o príncipe Ali evitou se comprometer a apresentar sua candidatura para liderar essa mudança. "Agora eu estou falando com nossas associações nacionais, ouvindo as suas opiniões", disse o príncipe, que recebeu votos de 73 das 209 federações quando Blatter foi reeleito em maio. Quatro dias depois, porém, o suíço anunciou que iria deixar o cargo, sob pressão pela investigação que provocou a prisão de vários dirigentes da Fifa.
O príncipe Ali pode revelar os seus planos em 7 de setembro, quando vai participar da Soccerex em Manchester, na Inglaterra. "É um lugar onde eu vou, obviamente, querer apresentar as minhas ideias sobre o que acho ser melhor para a organização", disse o jordaniano, que foi um dos vice-presidente da Fifa durante quatro anos, até maio.
Setembro, aliás, deve ser um mês importante para a eleição da Fifa, ainda que as candidaturas possam ser oficializadas até 26 de outubro. Nos dias 15 e 16, os membros da Uefa vão se reunir em Malta, onde devem ouvir o detalhamento dos planos de Platini.
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Depois, em 24 e 25 de setembro, Blatter vai presidir uma reunião do comitê executivo em Zurique, na qual a Fifa promete "propostas concretas e abrangentes de reforma", definidas por uma força-tarefa de 11 membros.