Esportes
Apesar disso, ele não fecha questão sobre o assunto - comportamento diferente do de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, que jamais aceitou discutir o abandono dos pontos corridos
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O presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, é contra à volta do mata-mata ao Campeonato Brasileiro. No entanto, não vai deixar de ouvir os clubes, que começam a articular uma proposta de mudança do sistema de disputa da competição. Na segunda-feira inclusive, eles criaram uma comissão para discutir vários temas ligados ao futebol, entre eles a fórmula de disputa do Nacional.
Del Nero assume a confederação em abril, mas diz que a ideia não lhe agrada. “Pessoalmente, sou contrário. Entendo que a CBF já tem uma competição mata-mata, que é a Copa do Brasil, e o Brasileiro vai bem nesse formato atual", disse ao Estado por telefone.
Apesar disso, ele não fecha questão sobre o assunto - comportamento diferente do de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, que jamais aceitou discutir o abandono dos pontos corridos. “O campeonato é disputado pelos clubes. Cada um tem sua posição e tem o direito de manifestá-la", considera Del Nero. “Mas é preciso haver um estudo profundo.’’
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A alteração, se vier ocorrer, não será para o próximo Brasileiro que começa em 9 de maio e já tem tabela e regulamento definidos. Pelo Estatuto do Torcedor, uma mudança de regras só poderá ser efetivada a partir de 2016. Além disso, os clubes ainda nem começaram a conversar de maneira efetiva sobre tal possibilidade. A comissão formada por Atlético-MG, Atlético-PR, Coritiba, Flamengo, Grêmio, Santos, Sport e Vasco ainda nem marcou uma reunião para tratar do assunto.
O “mentor" da volta do mata-mata é o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, que assumiu o clube gaúcho no fim do ano passado. Desde então ele tem tentado levar clubes para seu lado, e já conseguiu a simpatia de alguns do Nordeste e do presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues.
Outro presidente que pode apoiar o mata-mata é Modesto Roma Júnior, do Santos. Mas ele entende ser preciso uma discussão profunda e abrangente. “Estou perfilado com o presidente do Grêmio nas propostas de se discutir amplamente mudanças no futebol brasileiro. Precisamos reunir federação, confederação, clubes, a grande imprensa e a televisão, que é quem paga o espetáculo."
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Eurico Miranda, presidente do Vasco, reitera sua posição por um “sistema híbrido". “Não tem nada discutido, mas a ideia do Vasco e que seja pontos corridos e no final os quatro mais bem classificados disputariam semifinais e final", afirmou.