Esportes
Paulo Alexandre Barbosa aprova projeto junto ao Peixe e à Associação Atlética dos Portuários, vislumbra arena multiuso e garante que obra não receberá verba dos cofres públicos
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Mais um passo foi dado no sentido de construir um novo estádio na cidade de Santos. Na tarde de ontem, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa recebeu os presidentes do Santos Futebol Clube e da Associação Atlética dos Portuários para uma reunião que durou aproximadamente uma hora. Depois de ouvir a proposta dos clubes, o chefe do Executivo confirmou a intenção em apoiar o plano, mas se esquivou em dar detalhes da operação.
“Detalhes ainda são prematuros, porque estamos iniciando um processo. Uma primeira conversa, que tem como objetivo manifestar as vontades e pretensões de todas as partes envolvidas. Evidente que a Prefeitura, a Cidade, tem todo interesse em viabilizar um equipamento desse porte. Temos o interesse e a disposição de auxiliar em um projeto desenvolvido pelos clubes”, disse Paulo Alexandre Barbosa, antes de completar.
“No momento certo, a Prefeitura vai apoiar naquilo que for necessário. A ideia é bem-vinda e nós esperamos agora as devidas formalizações, os avanços para, baseado em dados concretos, fazer essa avaliação, não só da viabilidade da construção, como também da manutenção”.
Leonardo Berringer Martins Costa, presidente da A.A. Portuários, reiterou na reunião quais serão suas exigências para o eventual estádio ser construído no terreno que hoje sedia o clube, e recebeu sinal positivo.
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“Isso já foi dito antes do namoro. Que a gente comece e fique negativo. Que não tenha nada que a gente possa estar devendo para alguém. Então, a vontade é essa, sim. De ter um clube novo. É um clube antigo, que vai completar 90 anos. Então, a gente quer uma casa nova para os sócios”, explicou, lembrando que a dívida total da A.A. Portuários beira os R$ 14 milhões. Porém, sua área é de 88 mil m², sendo 65 mil m² pertencentes a Secretaria de Patrimônio da União (SPU).
Depois desta primeira conversa, agora o objetivo é colocar a Portuguesa Santista e o Jabaquara na roda de negociações ainda esta semana, unir forças e buscar parceiros para tirar o projeto do papel. Modesto Roma Júnior admitiu que já recebeu uma proposta de um investidor da Capital Paulista, mas se diz aberto para receber qualquer interessado em mostrar uma parceria.
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“Existe uma proposta, mas existem muitos que querem. Ainda é prematuro. Estamos começando a trabalhar. A ideia era uma, era fazer no CT Rei Pelé. A ideia avançou para uma área maior”, lembrou, evitando delimitar em quais aspectos o investidor alcançará o retorno esperado.
“É uma questão dele propor. Nós damos a ferramenta para ele. Nós damos instituições fortes. São entidades fortes da cidade de Santos. E os investidores que quiserem trabalhar com essas forças, com a grandeza desse projeto, esses investidores poderão, preservando a identidade de todas as entidades. Ninguém está querendo engolir ninguém. Nós somos parceiros em um grande projeto. É importante que isso fique bem claro. Não é o Santos, o Portuários, a Portuguesa, o Jabaquara, a Prefeitura querendo engolir ninguém. Um não quer engolir o outro. Nós somos parceiros neste projeto pela Cidade de Santos”
Com a fusão de tradicionais clubes santistas e a Prefeitura Municipal, o projeto ganha pretensões ambiciosas. Para não se tornar em um equipamento ‘impagável’, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa já sinaliza com uma arena multiuso e não apenas a construção de um simples estádio de futebol. E mesmo diante do exemplo da cidade de São Paulo, que encontra muitas dificuldades para manter o estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, Barbosa refuta comparações.
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“Primeiro que nenhuma hipótese discutida está se prevendo colocar recursos públicos para viabilizar esse equipamento. Ainda é uma discussão preliminar e hoje, nessa fase, eu vejo muito mais benefícios do que preocupações para Cidade. A Cidade tem porte para ter um equipamento. Não se trata de um estádio”, explicou o Prefeito.
“O Pacaembu é um estádio ótimo, mas construído há muito tempo. Fruto da engenharia e das necessidades daquele tempo. Hoje, a gente está em outro século. Século XXI, onde as necessidades são outras, os equipamentos têm outras funcionalidades, podem ter outras atribuições. O que vai se pensar em viabilizar não é um estádio de futebol. É um equipamento que possa contemplar uma série de atividades”, concluiu.
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